sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Lição 4 do 1º Trimestre de 2011

O Poder Irresistível da Comunhão na Igreja

23 de janeiro de 2011

TEXTO ÁUREO

"Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz: há um só corpo e um só Espírito [...]." (Ef 4.3,4).

- Note que ‘A unidade do Espírito’ não pode ser originada por nenhum ser humano ou entidade por ele criada. Ela é algo real e vivido apenas por aqueles que nasceram de novo e vivem o verdadeiro Evangelho, conforme o texto discorrido por Paulo em Efésios, capítulos 1 a 3. Aquela Igreja deveria guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou a própria igreja - enquanto organização - de Éfeso, mas pelo andar ‘como é digno da vocação com que fostes chamados’ (v. 1), isto é, esta unidade espiritual será mantida unicamente pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (confira Ef 4.1-3,14,15; Gl 5.22-26), jamais poderá ser obtida ‘pela carne’ (Gl 3.3). Sobretudo, unidade é a responsabilidade de cada crente e deve-se buscá-la com seriedade.

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é caracterizada pela comunhão que mantém com o Senhor Jesus Cristo e pela unidade espiritual de seus membros.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 2.40-47

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Definir o termo comunhão;

- Reconhecer a necessidade da verdadeira comunhão, e

- Saber que através da unidade a obra de Deus prospera.

PALAVRA-CHAVE

COMUNHÃO: - [do grego koinonia: ‘tendo em comum’ e do latim communione: ‘ter algo em comum’] Participação em comum; Participar das mesmas idéias, crenças e opiniões; Uniformidade (em idéias, opiniões, etc.); acordo, harmonia.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Sem o relato histórico dos ‘Atos do Espírito Santo’ registrado por Lucas, teríamos uma grande lacuna na Igreja cristã. É através do livro de Atos, bem como de outros trechos do NT, que tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja governada pelo Cabeça Jesus Cristo no modelo primitivo. Antes de qualquer coisa, temos que entender que a igreja é o ajuntamento de pessoas com suas diferenças em congregações locais, unidas pelo Espírito Santo, que buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo e, por conseguinte, com os irmãos (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4). Note que é mediante o poderoso testemunho da igreja que os pecadores são alcançados e regenerados. Uma igreja que declara basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos bem como noutros escritos do NT, deve primar com muita diligência pela comunhão entre seus membros, engajados uniformemente em idéias, opiniões, doutrina e ação. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e emocionalismo manifestarão o poder e presença genuína no Espírito Santo, sem a comunhão dos santos, mediante a qual os crentes devem perseverar harmonicamente em oração e súplicas. Boa aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. A COMUNHÃO DOS SANTOS

Koinonia (κοινωνία), ‘tendo em comum (koinos), sociedade, companheirismo’. É assim usado acerca das experiências e interesses comuns dos cristãos (At 2.42; Gl 2.9); da participação no conhecimento do Filho de Deus (1Co 1.9); do compartilhamento na realização dos efeitos do sangue (ou seja, da morte) e do corpo de Jesus Cristo, conforme é exposto pelos emblemas da Ceia do Senhor (1Co 10.16); da participação do que é derivado do espírito Santo (2Co 13.13; Fp 2.1); da participação dos sofrimentos de Cristo (Fp 3.10); do compartilhamento na vida e da ressurreição possuída em Cristo e, por conseguinte, do companheirismo com o Pai e o Filho (1Jo 1.3,6,7); companheirismo com Deus, realizado pelo Espírito Santo na vida dos crentes em resultado da fé (Fm 6) [1]. Aparece 20 vezes no Novo Testamento: em 12 ocasiões é traduzida por comunhão; em 4 por comunicação; 1 por dons; 1 por cooperação; 1 por dispensação e 1 por coleta. Mostra o ideal da fé cristã, onde não deve haver um povo com doutrinas divergentes, ideais divergentes, deuses diferentes... É o ideal de Atos 2.44: ‘Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum’.

1. O que é a comunhão. Compartilhamento, uniformidade, associação próxima, parceria, participação, uma sociedade, uma comunhão, um companheirismo, ajuda contribuinte, fraternidade. O termo grego Koinonia é uma uniformidade realizada pelo Espírito Santo, somente os regenerados podem vivenciá-la em sua plenitude. EmKoinonia, o crente compartilha o vínculo comum e íntimo do companheirismo com o resto da comunidade cristã, é quase que uma união hipostática [*] entre os crentes e o Senhor Jesus Cristo, bem como nos une uns aos outros.

2. A unidade do Corpo de Cristo. Em João 17.21, Jesus orou em favor da união entre os crentes, não uma união de igrejas ou organizações, mas uma união espiritual, baseada na permanência em Cristo, no amor a Cristo, na separação do mundo, em santificação na verdade, em receber a verdade da Palavra e crer nela; na obediência à Palavra e no desejo de levar a salvação aos perdidos. Faltando algum desses fatores, não pode haver a verdadeira Koinonia que Jesus pediu em oração. “Jesus não ora para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam um". Trata-se do subjuntivo presente e significa "continuamente ser um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para com o mundo, a Palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (cf. 1 Jo 1.7)[2]. Paulo quando escreveu ao seu filho na fé, o jovem Timóteo, fez uma afirmativa que julgo relevante e muito contemporâneo, quando pensamos sobre a igreja e a unidade do Corpo de Cristo. Declara Paulo: ‘Para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.’(1Tm. 3.15).

3. A comunhão da Igreja agrada a Deus. Paulo inicia sua carta aos Coríntios exortando-os quanto à unidade, anunciando sua preocupação primária acerca do que ele tinha ouvido ‘pelos da casa de Cloe’ concernente às divisões e pendengas daquela igreja (1Co 1.10). O primeiro problema abordado é a competição e rivalidade que resultaram devido as preferência por líderes religiosos com base em sua presumida sabedoria superior. Parece um assunto tão contemporâneo que chega a confundir-nos. Será que não aprendemos nada com as querelas daquela igreja? O que pode ser mais contemporâneo do que a competição, a rivalidade, as divisões e brigas pelo poder[leia este artigo]? A vida em Corpo da Igreja, não do crente independente, é a chave para a compreensão do comportamento divino no NT. Notemos que intentar criar uma união artificial por meio de reuniões, festividades, conferências ou organização centralizada, pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou em Jo 1.7. Deus trata com a Igreja como um corpo e com os indivíduos como partes ou membros desse corpo. Precisamos lançar as preocupações do corpo [da congregação] acima dos nossos próprios. Isso resultará numa união espiritual de coração, propósito, mente e vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade (Ef 4.3). Certamente Deus requer que os seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus preparando-se para sua própria morte, uma das primeiras coisas que teve em mente foi a unidade dos seus discípulos: ‘Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste’ (Jo 17.20,21). Se realmente somos regenerados, devemos incentivar esta unidade entre os crentes: ‘Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros’ (Rm 14.19). Como templo e morada do Espírito Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade: "[...]completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vangloria, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros’ (Fp 2.2-4). Paulo, em sua preocupação com as perigosas querelas e cismas em Corinto, deixou-nos a fórmula prática para esta paz quando escreveu: ‘Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis a todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer’ (1Co 1.10).

[*] Teol. União hipostática (também conhecida como união mística ou dupla natureza de Cristo) é a doutrina clássica da cristologia que afirma ter Jesus Cristo duas naturezas, sendo homem e Deus ao mesmo tempo; União do Verbo com a natureza divina.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A comunhão da igreja não é um mero ajuntamento de pessoas, é o relacionamento espiritual e pessoal dos santos, sob a ação do espírito Santo.

II. A COMUNHÃO CRISTÃ CARACTERIZA-SE PELA UNIDADE

Em princípio, podemos crer que a unidade da congregação seja importante, más praticá-la é coisa difícil. Mesmo que os métodos humanos possam parecer práticos e eficientes, o crente verdadeiramente regenerado procurará manter a unidade do modo que ele nos ensina nas Escrituras. John Stott afirma que a segunda marca de uma igreja viva que descobrimos na leitura de Atos é o amor e o cuidado mútuo entre os crentes. “A unidade do Corpo de Cristo permite a união dos desiguais: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. … E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo” (1Co 12.13,14 e 19,20). Paulo assim escreve para demonstrar que cada membro do corpo é diferente um do outro, mas forma uma unidade: uns são mãos, outros, pés, outros olhos, assim por diante – não somos todos apenas um membro do corpo, mas vários membros formando um só corpo: “E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; … Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.” (vs. 21,22; 25,26)[3]. Consideremos a base da unidade que agrada a Deus:

1. Unidade doutrinária. O cristianismo é, sobretudo, uma religião baseada na união – união de gregos e troianos, judeus e gentios, negros e brancos, ricos e pobres, todos unidos numa só fé – mas não tolera a conjunção entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. Assim, a unidade cristã se dá PELA verdade bíblica universal, a Palavra viva, santa e imutável de Deus. Na sua oração pela unidade, Jesus disse: “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam; … Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.8,17). Se não for PELA Palavra de Deus não haverá unidade cristã verdadeira. Portanto, a unidade não deve ser meramente espiritual, mas também bíblico-doutrinária, mediante a uniformidade da fé. Muitos pastores e líderes buscam a unidade em meio ao erro doutrinário, o que contradiz a Palavra de Deus. Essa “unidade”, na realidade, agrada muito mais aos homens do que a Deus. Não falo das pequenas diferenças existentes no meio cristão (pois, como dissemos, cada membro do corpo é desigual), que não comprometem a sã doutrina, mas daquelas que possam afetar a verdade bíblica. “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3.3) [3]. Na verdade, não estaremos isentos da insurgência de hereges que ensinam idéias e doutrinas sem base bíblica e que criam divisões nas igrejas e entre os crentes e é interessante que, para se manter a união faz-se necessário a divisão - se uma segunda admoestação for ineficaz para corrigir tais pessoas, devem ser evitadas, isto é, rejeitadas e excluídas da igreja. Aqueles que rejeitam as verdades da Bíblia e colocam em seu lugar as próprias idéias e opiniões, são pervertidos e pecaminosos e devem sim serem extirpados para não ‘levedar a massa’(Tt 3.10,11).

2. Unidade na própria comunhão. O Evangelho de Jesus Cristo é constituído sobre relacionamentos: relacionamento com Deus e relacionamentos com as pessoas que Deus amou de ‘tal maneira’ que Ele enviou Seu Filho para salvar. Ele ainda deseja fazer isso hoje em e através de todos nós. A Bíblia coloca a nossa relação com Deus como prioridade: "Amarás o Senhor teu Deus com todo seu coração, alma, mente e força" (Lc 10.27). Jesus acrescentou o grande segundo mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Estas verdades irão impactar nossa caminhada diária com o outro. Nós os cristãos estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e redescobrir a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. O propósito de Deus não é salvar indivíduos e perpetuar seu isolamento. Deus se propôs edificar a igreja, uma comunidade nova e redimida. Planejou-a na eternidade passada, a está levando a cabo no processo histórico do presente, e será aperfeiçoada na eternidade que virá. A igreja esta no centro do plano de salvação. Cristo morreu não só para nos redimir de toda iniqüidade, mas também para reunir e purificar para si mesmo um povo entusiasmado pelas boas obras. Assim diz a Palavra: “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tito 2:14) Na eternidade, Deus nos reunirá aos redimidos por Cristo como um só povo, do qual o apóstolo João teve uma antecipação extraordinária: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.” (Apocalipse 7:9-10) [4].

3. Unidade do partir do pão. A Ceia do Senhor é descrita em quatro trechos bíblicos: Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-32. Foi dado à Igreja comoum memorial da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação (1Co 11.24-26; Lc 22.19) e é celebrado como um ato de ação de graças (grego eukharistía, agradecimento, gratidão, ação de graças) pelas bênçãos e salvação da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós (1Co 11.24; Mt 26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19). João Calvino afirma que “Nossas almas podem obter deste sacramento (Santa Ceia) grande fruto de confiança e doçura, pois temos testemunho de que Jesus Cristo, de tal maneira é incorporado a nós, e nós a Ele, que tudo quanto é Seu podemos chamar de ‘’nosso’’. E tudo quanto é nosso, podemos dizer que é Seu”. Assim, o sacramento da Santa Ceia constitui-se num ato de comunhão (koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (1Co 10.16,17). Note que a Ceia do Senhor só adquire essa importância acima mencionada, só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à Palavra de Deus e à sua vontade. É notável que o primeiro fruto do Espírito seja o amor. Neste particular, a igreja primitiva cuidava dos seus pobres, compartilhava com eles suas possessões. Esta atitude deve ser a característica da igreja em todos os tempos. Essa característica logo foi deturpada, ‘[...]os coríntios se reuniam para suas refeições de confraternização, antes da Ceia do Senhor (cf. 2 Pe 2.13; Jd v.12), alguns se -reuniam em grupos pequenos e tomavam suas refeições à parte (vv. 18,19). Os pobres, que não podiam trazer refeição, eram desconsiderados e deixados com fome.’(1Co 11.21) [5]. A comunhão, a disposição de compartilhar, generosa e voluntariamente, é um princípio permanente. A igreja deveria ser a primeira entidade no mundo na qual se abolisse a pobreza.

4. Unidade nas orações. Os primeiros cristãos não eram só fieis em conservar os ensinamentos dos apóstolos na comunhão uns com os outros. Também se reuniam uns com os outros. Também se reuniam e participavam juntos “no partir do pão, e nas orações” (Atos 2:42). As orações que se mencionam aqui não são as orações privadas mas sim as reuniões de oração. Paulo faz aos coríntios um apelo comovente (1Co 1.10). Depois de agradecer a Deus pelo enriquecimento dos coríntios em Cristo, lhes faz um chamado urgente, por causa do doloroso cisma que há entre eles. Acaba de lhes escrever sobre sua comunhão e agora tem que os exortar pela sua falta de comunhão. Contudo, Paulo segue se dirigindo a eles como irmãos e irmãs. Quiçá o faz de propósito, para os lembrar que pertencem à família de Deus e que com seu comportamento, em alguma medida estão contradizendo sua identidade. O salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; Tg 4.5). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; Lc 18.14). A tendência natural do homem é opor-se a Deus e ao próximo, porém, essa tendência pode ser alterada pela graça de Deus pois alcança todos aqueles que humildemente aceitam a salvação em Cristo.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A unidade doutrinária, a unidade entre os irmãos, a unidade no partir do pão e a unidade nas orações é o que caracteriza a comunhão da igreja cristã.

III. OS FRUTOS DA COMUNHÃO CRISTÃ

A igreja é apresentada como o povo de Deus (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), uma família formada pelo agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de Cristo (1Pe 1.18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus (1Pe 2.5). A igreja é o corpo de Cristo (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com Cristo. A essência desta família é o relacionamento entre os irmãos. É por isso que o salmista exclama: ‘Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos’ (Sl 133.1). Viver unido é viver em comunhão com o Pai e com os irmãos. Charles R. Swindoll afirma que uma família forte possui seis qualidades principais: é comprometida com a família, gasta tempo junta, tem boa comunicação familiar, expressa apreciação um ao outro, tem um compromisso espiritual e é capaz de resolver os problemas nas crises. Estas qualidades podem ser resumidas em duas palavras: comunhão e reciprocidade (Rm 12.5). Podemos resumir que reciprocidade é a vida que flui na igreja. Uma igreja que não desenvolve estas qualidades vive uma crise de comunhão. Quando a igreja vive esta reciprocidade, gera frutos:

1. Temor a Deus. Em Dt 6.1,2 encontramos o mandamento geral de “temer ao Senhor” (gr. phobos); inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus. É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, isto é, conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é (Pv 2.5). Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado. Temer ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder (Fp 2.12). Paulo vê lugar para "temor e tremor" da nossa parte na salvação efetuada por Cristo. Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que o faça tremer diante da Palavra de Deus (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo mal (Pv 3.7; 8.13). Note que o temor do Senhor não é de conformidade com a definição freqüentemente usada, a mera ‘confiança reverente’, mas inclui o santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor de pecar contra Ele e das conseqüências desse pecado (Ex 3.6; Sl 119.120; Lc 12.4,5). Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que aproxima o crente de Deus, de suas bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação (Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6). Quando Lucas destaca que ‘em cada alma havia temor’(At 2.43), demonstra a unidade do Espírito levando os crentes a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. O salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente: ‘Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu’ (Sl 33.8,9). Temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade (Sl 76.7,8). Moisés experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: ‘temi por causa da ira e do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós, para vos destruir’ (Dt 9.19).

2. Sinais e maravilhas. O Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja no dia de Pentecostes, cento e vinte almas naquele dia receberam o selo do Espírito Santo, que mergulhou suas vidas no poder celestial. Depois daquele dia jamais seriam os mesmos. Jesus cumpriu a sua promessa (At 1.5). Pedro cheio de poder anunciou a Palavra com muita intrepidez e três mil pessoas se converteram. Era a Igreja que nascia reunindo-se no templo e de casa em casa. Como podemos ver em At 5.42. É da vontade de Deus que a pregação do evangelho seja acompanhada de sinais miraculosos para confirmar a veracidade do evangelho (Mc 16.20). Dessa maneira, o Senhor coopera com sua igreja e dá testemunho da veracidade da mensagem do evangelho. Esta confirmação da graça de Deus, com sinais e prodígios, não é menos necessária hoje do que foi no início da igreja, à medida que enfrentamos os tempos difíceis dos últimos dias (1Tm 4.1; 2Tm 3.1-13).

3. Assistência Social. “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” (Atos 2:44-45) Esta passagem nos perturba. Preferimos saltá-la para evitar o desafio que ela encerra. Devemos imitar literalmente estes crentes? Quis Jesus que todos seus seguidores vendessem suas possessões e repartissem o que obtivessem delas? Sem dúvida, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. Esse é o chamamento que fez ao jovem rico, por exemplo. A ele, Jesus disse expressamente que vendesse tudo e o desse aos pobres. Este foi também o chamado do frade Francisco de Assis, na idade média, e mais recentemente, o chamado de Madre Tereza, em Calcutá, ambos católicos romanos. Eles nos recordam que a vida não consiste na abundância dos bens que possuímos. Mas não todos os discípulos de Cristo são chamados a isso. A proibição da propriedade privada é uma doutrina marxista, não cristã. Mesmo na igreja em Jerusalém, a decisão de vender as propriedades e dar tudo foi uma questão voluntária. Quando passamos para o versículo 46, lemos que os crentes se reuniam “em suas casas”. Quer dizer, continuavam tendo casa e propriedades pessoais. Pelo visto, não haviam vendido todas as casas, seus móveis e suas propriedades! Contudo alguns tinham casas, e os crentes se reuniam nelas. Não obstante, não devemos evadir do desafio destes versículos. Alguns suspiram com alívio porque não sugeri que devemos vender tudo e repartir-lo. Mas, mesmo que não seja nosso chamado particular, todos fomos chamados a nos amarmos mutuamente como faziam aqueles cristãos. [6].

4. Crescimento. A igreja cristã nasceu com uma vocação para crescer e se tornar católica [*]. O rápido crescimento da igreja, nos primeiros séculos, é algo empolgante e motivador. Sua trajetória foi marcada por um mover de Deus (Atos 2). Seu crescimento inspira a igreja a buscar e descobrir as estratégias para se alcançar este objetivo. Um estudo dos primeiros capítulos do livro de Atos mostra que aquela igreja não tinha nenhum tipo de inovação ou algo semelhante, mas, simplesmente, se colocou à disposição de Deus para trabalhar dentro do contexto de sua época. E é exatamente isso que precisamos fazer hoje. A descida do Espírito Santo, em cumprimento às palavras de Jesus (Lc 24.49), trouxe nova perspectiva de vida a sua igreja. A partir de Atos 2, percebe-se que ela avançou em sua tarefa de evangelização e que existem alguns requisitos essenciais para que a igreja hodierna faça Cristo conhecido a todas as nações (Mc 16.15). E o que se vê no livro de Atos é uma explosão no crescimento da igreja naqueles dias. Seu início foi com 120 pessoas, aumentando o número dos salvos para 3.000, passando para 5.000 e, em pouco tempo, os lugares mais distantes de Jerusalém já tinham recebido o evangelho (At 1.8). Com isso, aprendemos que a tarefa da igreja na terra não acabou, e que o seu crescimento não depende, unicamente, de recursos e estratégias humanas, mas de Koinonia – do crente com Deus através do Espírito Santo e entre os irmãos, através do amor que é derramado em nossos corações.

5. Adoração. Existem dois aspectos da vida de adoração da igreja primitiva que são desejáveis em uma igreja hoje. Aqueles cristãos mostravam equilíbrio nos dois sentidos. Por um lado a adoração era formal e informal. Isso aprendemos no versículo 46, onde nos é dito que adoravam nas casas e no templo. É interessante que os primeiros cristãos continuaram adorando no templo. Não abandonaram de imediato a igreja institucional; queriam reformá-la de acordo com o evangelho. Seguramente não participavam dos sacrifícios do templo, porque entendiam que os sacrifícios já haviam sido cumpridos definitivamente com a morte e ressurreição de Cristo. No entanto, continuaram participando das reuniões de oração no templo. Estas reuniões tinham certa formalidade, mas os cristãos as suplementavam com reuniões mais informais e espontâneas nos lares. Um segundo aspecto do equilíbrio que guardava a adoração na igreja primitiva era sua atitude de gozo e ao mesmo tempo reverente. A palavra que traduz “alegria” no versículo 46 descreve gozo exuberante. Deus havia enviado seu Filho ao mundo, agora havia derramado Seu Espírito em seus corações... Como não iriam estar alegres! O fruto do Espírito Santo é amor, e também é alegria. Podemos imaginar naqueles crentes um gozo muito menos inibido do que as tradições costumam nos permitir. Algumas reuniões de adoração parecem mais funerais. Todos estão vestidos de preto, ninguém sorri ninguém diz nada, tocam-se hinos com muita lentidão e toda atmosfera é lúgubre. Por que? Alegremo-nos no Senhor! Cada reunião deve ser uma celebração alegre. Contudo, a adoração da igreja primitiva também se caracterizava pela reverência. Seus cultos não eram irreverentes. Se em algumas reuniões o ambiente é funerário, em outros é demasiado leviano. Não refletem a presença solene e soberana de Deus. Os primeiros cristãos não conheciam esse erro. Quando o Espírito Santo renova a igreja, a enche de alegria e também de reverência ante Deus. [5].

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

A verdadeira comunhão cristã gera frutos na vida da Igreja, tornando-a verdadeiramente o Corpo de Cristo.

[*].(do grego καθολικος: katholikos; com o significado de "geral" ou "universal")

(III. CONCLUSÃO)

Nós os cristãos estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e redescobrir a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. O propósito de Deus não é salvar indivíduos e perpetuar seu isolamento. Deus se propôs edificar a igreja, uma comunidade nova e redimida. Planejou-a na eternidade passada, a está levando a cabo no processo histórico do presente, e será aperfeiçoada na eternidade que virá. A igreja esta no centro do plano de salvação. Cristo morreu não só para nos redimir de toda iniqüidade, mas também para reunir e purificar para si mesmo um povo entusiasmado pelas boas obras. Assim diz a Palavra: “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tt 2.14)

APLICAÇÃO PESSOAL

A vida cristã é viva no Espírito. Todos os cristãos concordam nisso com alegria. Seria impossível ser cristão, sem o ministério do gracioso Espírito de Deus. Tudo o que temos e somos como cristãos devemos a Ele. Assim, cada cristão tem uma experiência com o Espírito Santo desde os primeiros momentos da sua vida cristã. Para o crente, a vida começa com um novo nascimento, e o novo nascimento é um nascimento ‘no Espírito’ (Jo 3.3-8). Ele é o ‘Espírito da vida’, e é ele quem dá vida às nossas almas mortas. Mais que isto, Ele vem pessoalmente morar em nós, de maneira que a presença do Espírito é o privilégio que todos os filhos de Deus têm em comum. Paulo descreve com muita maestria a nova era iniciada por Jesus como ‘o ministério do Espírito’ (2Co 3.8). É instrutivo observar que a profecia de João Batista [Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo (Mc 1.8)], registrada pelos três evangelistas sinóticos como futuro simples (ele vos batizará), no quarto evangelho toma a forma de um particípio presente: ‘Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água, me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo’ (Jo 1.33). Este uso do particípio presente tira do verbo os limites do tempo. Ele não descreve o evento único que foi o Pentecostes, mas o ministério específico de Jesus: ‘Esse é o que batiza com o Espírito Santo’. Somente o Espírito Santo pode criar uma verdadeira comunhão entre os crentes através das escolhas e compromissos que fazemos. Paulo aponta esta nossa responsabilidade: Vocês estão unidos na paz por meio do Espírito. Esforcem-se, portanto, para continuar unidos desse modo. Podemos resumir que a igreja é um vínculo de amor a Deus e ao próximo no cultivo da comunhão verdadeira uns com os outros (amor o próximo). Qual tem sido minha preocupação com meus irmãos? Como temos demonstrado nosso amor? Apenas com palavras ou em atitudes práticas? Se não amarmos nossos irmãos, o amor de Deus não estará em nós (1Jo 4.20).

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

NOTAS BIBLIOGRAFICAS

- Lições Bíblicas 1º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;

[1]. Dicionário VINE, 1ª Ed., 2002, CPAD; pp. 485;

[2]. Adaptado de STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; nota textual de Jo17.21;

[3]. Adaptado de http://www.caminhocristao.com/2006/09/a-unidade-crista/;

[4]. STOTT, John. SINAIS DE UMA IGREJA VIVA, p. 4;

[5]. Adaptado de STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; nota textual de 1Co11.21;

[6]. Adaptado de STOTT, John. SINAIS DE UMA IGREJA VIVA

- HORTON Stanley M., Teologia Sistemática, 1ª ed. – Rio de Janeiro; CPAD, 1996.

EXERCÍCIOS

1. O que é comunhão?

R. Comunhão é o vínculo de unidade fraternal mantida pelo Espírito Santo e que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Jesus Cristo.

2. Em que consistia a comunhão da igreja primitiva?

R. Consistia na unidade doutrinária, na unidade na própria comunhão, na unidade do partir do pão e da unidade nas orações.

3. Cite 3 conseqüências da ausência de comunhão na igreja.

R. Falta de temor a Deus, falta de crescimento e abandono da verdadeira adoração.

4. Existe alguma relação direta entre a comunhão do crente com Cristo e a comunhão do crente com seu irmão?

R. Sim.

5.O que devemos fazer para que haja comunhão na igreja?

R. Resposta pessoal.

Lição 3 do 1º Trimestre de 2011

Lição 3 – O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes


O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes

16 de janeiro de 2011

TEXTO ÁUREO

"Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias." (At 1.5).

- A preposição ‘com’ é a partícula grega ‘en’, que pode ser traduzida como ‘em’ ou ‘com’ . Por isso, muitos preferem a tradução sereis batizados no Espírito Santo. Da mesma forma, batizados com água pode ser traduzido batizados em água. O próprio Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo os que nEle crêem. A expressão substantiva ‘Batismo no Espírito Santo’ é teológica e não bíblica, pois nas Escrituras só há menção dessa forma verbal, mas nem por isso deixa de ser bíblica, pois tem sua origem na fraseologia semelhante empregada pelos escritores bíblicos. Lucas retoma essa terminologia no texto em epígrafe ao descrever as palavras de Jesus aos seus seguidores. O Pr Esequias Soares afirma que “não há qualquer indicação no NT de que a promessa do batismo no Espírito Santo seja algo meramente para o primeiro século, como defendem expositores antipentecostais. A promessa é para ‘tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar’. Há registros de que ao longo da história do cristianismo, diversos cristãos falaram línguas. Irineu, Agostinho, Lutero, Wesley e muitos outros. Com o avivamento do País de Gales, de Kansas e da Rua Azuza, quase simultaneamente, o fenômeno das línguas voltou a ser algo generalizado, e não meramente uma raridade”[1].

VERDADE PRÁTICA

Cremos na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais, conforme prometeu o próprio Cristo e ensinaram os santos apóstolos nas Escrituras.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 2.1-6, 12

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Compreender o que significa o batismo com o Espírito Santo;

- Explicar o fundamento bíblico e histórico do Batismo com o Espírito Santo, e

- Saber os objetivos do Batismo com o Espírito Santo.

PALAVRA-CHAVE

BATISMO: - [do grego baptisma], consistindo nos processos de imersão, submersão e emersão.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

De acordo com o Novo Testamento, o batismo no Espírito Santo é uma experiência enviada por Jesus Cristo. Como registrado no Evangelho de Lucas, Jesus o descreveu como sendo "a promessa do Pai", através do qual os crentes em Cristo receberiam o "poder do alto."(Lc 24.49). O Espírito Santo concede dons espirituais (ou seja, habilidades), tais como os dons de profecia, de curas e o de falar e/ou interpretar uma variedade de línguas, entre outros. Alguns seguimentos evangélicos acreditam que esses dons foram derramados apenas sobre os cristãos do tempo do Pentecostes, (Cessacionistas), mas os proponentes do Batismo no Espírito acreditam que essas habilidades sobrenaturais estão ainda hoje disponíveis, de tal modo como ocorreu no evento de Pentecostes. Quem primeiro fala no batismo com o Espírito Santo diretamente é João Batista (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16 e Jo 1.33), o que deixa claro sua legitimidade como doutrina fundamental cristã. Sempre, em todas as passagens, ele faz uma COMPARAÇÃO entre o batismo que ele – João - praticava, apenas com água e para arrependimento, com o batismo que seria ministrado por Jesus Cristo, com o Espírito Santo. João fez questão de ressaltar essa diferença. Posteriormente, como se verá, os apóstolos também identificaram essa distinção básica entre o batismo de João e o de Jesus. Na teologia pentecostal o batismo no Espírito Santo é uma experiência cristã distinta, a base bíblica está fundamentada na descrição do Pentecostes em Jerusalém (At 2.1-4). Ser "batizado no Espírito Santo" é ser imerso no Espírito Santo, e subseqüente a experiência de conversão. Ou seja, ele é ao mesmo tempo distinto e posterior a salvação, que é em si uma obra definitiva do Espírito Santo. Boa aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Os líderes eclesiásticos agora citam o Pentecostalismo como ‘uma terceira força da Cristandade’, lado a lado com o catolicismo e o protestantismo [2]. Essa ‘terceira força’ passou a merecer a atenção dos teólogos, principalmente em razão de sua presença mundialmente visível. Ou seja: os estudiosos reconhecem o Pentecostalismo porque ele é ‘uma terceira força na sua doutrina1, especificamente a que trata do batismo no Espírito Santo. [3]. James D. G. Dunn observa que os católicos enfatizam o papel da Igreja e dos sacramentos, e subordinam o Espírito à Igreja. Os protestantes enfatizam o papel da pregação e da fé, e subordinam o Espírito à Bíblia. Os pentecostais, no entanto, reagem a esses dois extremos [...] e reclamam uma experiência vital com o próprio Deus no Espírito Santo [4]. A experiência normativa do Batismo no Espírito Santo tem um propósito bem claro nas Escrituras, com qualificação para o serviço cristão (cf. At 1.8). Uma maior eficácia na evangelização dos povos se dá por meio da experiência pentecostal; portanto, o Batismo no Espírito Santo apresenta uma relação missionária com os seus objetivos. Os que buscam o Batismo no Espírito Santo por mera curiosidade esotérica, onde querem experiências místicas e transcendentais, distorcem completamente o propósito do Batismo no Espírito Santo. Essa experiência deve ser buscada para aqueles que têm o coração no Reino de Deus e lutam por sua expansão. Lembrando que um não-batizado não está impossibilitado de fazer grandes trabalhos evangelísticos, pois nunca as Escrituras colocam que a evangelização está restrita aos que experimentam um poder carismático, mas é claro que o Batismo serve como um bom reforço! A distorção principal nos dias atuais referente ao propósito do Batismo no Espírito Santo é denominado de “reteté de Jeová”. Esse movimento prega experiência por experiência, sem propósito, cheio de desordem no culto e ainda associa espiritualidade com barulho. O “reteté”, longe de ser um reforço ao pentecostalismo, é uma verdadeira aberração que atrapalha o desenvolvimento de uma doutrina pentecostal sadia e bíblica, onde os dons e o Batismo no Espírito é pregado dentro dos limites das Sagradas Escrituras [5].

1. O batismo com o Espírito Santo. Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no Espírito Santo, o prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11). O Batismo no Espírito Santo pode ser definido, segundo o teólogo Antonio Gilberto, como "um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme o Espírito Santo concede, pela instrumentalidade do Senhor Jesus, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para Deus" [6]. O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do Espírito Santo (At 2.4). Assim, batizado no Espírito e cheio do Espírito, às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no Espírito Santo, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no Espírito Santo, não deve ser identificado com o recebimento do Espírito Santo na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do Espírito, muitas vezes separadas por um período de tempo [7].

2. A evidência inicial e física do batismo com o Espírito Santo. As evidências do batismo no Espírito Santo são parte central do debate contemporâneo. A literatura teológica atual revela considerável diversidade de posições quanto ao falar em outras línguas. Os pentecostais crêem ser as línguas evidência física inicial do batismo no Espírito Santo, especialmente baseados em relatos de Atos. O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo (2.4; 10.45,46; 19.6). Nos três casos relatados por Lucas, os pormenores de como os indivíduos receberam o batismo no Espírito Santo, o falar em outras línguas – glossolalia – as quais não dominavam em circunstancias normais (At 2.4). Stanley Horton, em sua Teologia Sistemática, cita a declaração de Ralph M. Riggs: ‘Esse falar em outras línguas veio, então, a ser o sinal e evidência de que o Espírito Santo descera sobre os cristãos neotestamentários’. O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (At 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O batismo com o Espírito Santo tem como evidência inicial, e física, o falar em línguas

II. FUNDAMENTOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Em princípio, podemos dizer que a base exegética da doutrina do batismo no Espírito Santo recebe uma ênfase especial no livro de Atos dos Apóstolos, mas há outras revelações sobre esta verdade até mesmo no Antigo Testamento. Se nos voltarmos para o AT veremos que os profetas Joel e Ezequiel, por exemplo, tinham indicado sobre o derramamento do Espírito Santo sobre Israel (Ez 39.29) e sobre toda carne (Jl 2.28, Is 32.15; 44.3). Deus através dos profetas havia predito sobre o derramamento do Espírito Santo. Até mesmo João Batista falou a respeito da promessa do Pai (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Posteriormente, o próprio Jesus falou sobre o derramamento do seu Espírito (At 1.5). Se observarmos o sermão de Pedro no dia de pentecostes, veremos que ele cita o profeta Joel.

1. Moisés. No evento onde Moisés se queixa a Deus do pesado fardo de gerir o povo, YAHWEH tira do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre os setenta anciãos escolhidos, e o texto afirma que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram. As Escrituras ensinam que quando o Espírito de Deus prevalece sobre o seu povo, a profecia geralmente se manifesta (cf. 1 Sm 10.5,6; 2 Cr 20.14-17; Jl 2.28). O relato em Atos a respeito do derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecoste, e depois daí, indica que os crentes cheios do Espírito Santo profetizavam e falavam noutras línguas sob o impulso do Espírito (At 2.4; 10.44-47; 19.6). Quando Eldade e Medade continuaram profetizando no arraial, Josué queria que Moisés os proibisse. Moisés, no entanto, percebera que, na vida espiritual, o normal seria que todo o povo de Deus pudesse profetizar quando o Espírito de Deus viesse sobre ele. Nos tempos do AT, o Espírito Santo descia ou enchia alguns, revestindo-os de poder para cumprirem missões ou profetizarem.

2. Isaías. Embora Israel fosse, em grande parte, uma nação desviada de Deus, no tempo de Isaías, este profetizou que, um dia, o Espírito Santo seria derramado sobre uma sua geração futura (cf. 32.15; Jr 31.33,34; Ez 36.26,27; 39.29; Zc 12.10 13.1). Essa profecia teve seu cumprimento parcial no dia do Pentecoste (cf. Jl 2.25-29; At 2.17,18; ver At 1.8 e 2.4). Seu pleno cumprimento para Israel terá lugar quando os israelitas aceitarem Cristo como o seu Messias (ver Rm 11.25,26s) [8].

3. Joel. Joel predisse o tempo em que todo o povo de Deus seria cheio do Espírito (Jl 2.28,29). Essa profecia cumpriu-se no Dia de Pentecoste quando, então, o Espírito foi derramado sobre "toda a carne" (At 2.4,16,17). Os crentes não batizados no Espírito Santo não estão experimentando o que Deus lhes prometeu, e que Jesus anela lhes conceder (At 1.8; 2.39; 1 Co 14.1,2,5,39). Joel prediz um dia em que Deus derramará o seu Espírito sobre todo aquele que "invocar o nome do Senhor" (Jl 2.32). Este derramamento resultará num fluir sobrenatural do Espírito Santo entre o povo de Deus. Pedro citou este trecho no dia de Pentecoste, e explicou que o derramamento do Espírito Santo, naquele dia, era o começo do cumprimento da profecia de Joel (At 2.14-21). Esta profecia é uma promessa perpétua para todos quantos aceitem a Cristo como Senhor, pois todos os crentes podem e devem receber a plenitude do Espírito Santo (cf. At 2.38,39; 10.44-48; 11.15-18). Joel prevê que um dos principais resultados do derramamento do Espírito Santo será a distribuição dos dons espirituais, entre estes o de profetizar. A manifestação do Espírito, através dos dons, torna conhecida a presença de Deus entre o seu povo. O apóstolo Paulo declarou que se a igreja profetiza, o incrédulo será compelido a declarar "que Deus está verdadeiramente entre vós" (1 Co 14.24,25) [9].

4. João Batista. O ‘Elias que havia de vir’ ensina que a obra do Cristo inclui batizar os que nEle cressem com o Espírito Santo e com fogo, batismo este que outorga grande poder para vivermos por Ele e testemunhar dEle (Lc 3.16). O batismo com o Espírito Santo que Cristo outorga aos seus seguidores é o novo sinal de identificação do povo de Deus prometido em Jl 2.28 e reafirmado por Cristo depois da sua ressurreição em Lc 24.49; At 1.4-8. Essa predição teve seu cumprimento inicial no dia do Pentecoste (At 2.4).

5. Jesus. O ministério de Cristo, de batizar no Espírito Santo, é um ministério contínuo durante toda a era atual. Assim, deixa claro o texto grego de Jo 1.33 (o que batiza com o Espírito Santo); essa expressão emprega o verbo no particípio presente (ho baptizon) [10], que significa aquele que continuará a batizar. Logo, as referências em Lucas e João não somente dizem respeito ao primeiro derramamento do Espírito Santo no Pentecoste, mas também à missão principal e ao ministério de Jesus, como aquele que batiza no Espírito Santo durante toda a era atual: ‘porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe’ (At 2.39). Esta maravilhosa promessa não foi restrita apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste ou para a Igreja Primitiva, mas também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era: a vós (os ouvintes de Pedro); a vossos filhos (à geração seguinte); à todos os que estão longe (às gerações subseqüentes).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Os Escritores do Antigo e do Novo Testamentos fundamentaram a promessa do batismo com o Espírito Santo nesses últimos dias, como iniciado no Pentecostes.

III. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA

A doutrina do Batismo no Espírito Santo não nasceu em arraiais pentecostais, mas teve precedentes históricos importantes. Sendo uma doutrina polêmica, há contestações de várias vertentes teológicas, até mesmo entre os pentecostais. Grandes teólogos e pastores do Século 19 compartilhavam uma visão bem semelhante com os pentecostais em relação a uma experiência subseqüente a salvação, a chamada “segunda bênção”. Entre os pregadores da “segunda bênção” encontravam-se D. L. Moody, R. A. Torrey, Andrew Murray, F. B. Meyer e o presbiteriano A. B. Simpson. A diferença entre esses pré-pentecostais era o fato de não defenderem as línguas com sinal físico-inicial. No século 20, o teólogo reformado Dr. Martyn Lloyd-Jones, estava entre os que defendiam essa experiência pós-salvação. Mas lembrando que nenhum desses teólogos compartilhavam da visão pentecostal clássica, de que o Batismo no Espírito Santo deve ser acompanhado por uma evidência física [11]. Analisando a História da Igreja, podemos observar nitidamente que Deus sempre avivou ou reavivou a sua Igreja em várias ocasiões diferentes. Esses períodos da Era Cristã foram marcados por reavivamentos maravilhosos, onde Deus se manifestou aos seus servos de forma sobrenatural. No período da Reforma Protestante, no século XVI, Deus levantou homens como Martinho Lutero, João Calvino e John Knox. No século XVIII, ocorreu o Avivamento Morávio com o Conde Zinzendorf, o Grande Reavivamento na Inglaterra com John Wesley, Charles Wesley e George Whitefield e o Reavivamento Americano com Jonathan Edwards. Nenhum destes avivamentos foi conhecido como Pentecostal, pois o termo é do início do século XX, quando houve o derramamento do Espírito Santo nos USA, semelhante à manifestação de Atos dois. John Stott conceitua avivamento como: “... uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida por ela”. [12]. São várias as instâncias de fenômenos que historiadores pentecostais (como Allan Anderson) interpreta como predecessores do pentecostalismo:

Inácio de Antioquia 67-110 d.C. afirmou em sua carta aos filadelfienses (Inácio aos filadelfienses 7:01) que profetizou pelo Espírito: "Estando no meio de vós gritei, disse em alta voz, uma voz de Deus:'Permanecei unidos (…)'. Aqueles suspeitaram que eu disse isso porque previa a divisão de alguns, mas aquele pelo qual estou acorrentado é minha testemunha que eu não sabia através da carne. Foi o Espírito que me anunciou, dizendo: '(…), guardai vosso corpo como templo de Deus, amai a união, fugi das divisões, sede imitadores de Jesus Cristo, como ele também é do seu Pai". Em sua carta a Policarpo, ele também declara: "Quanto as coisas invisíveis, pode que te sejam manifestadas a ti, para que nada te falte e tenhas abundância em todo dom espiritual".

Policarpo de Esmirna 70-160 d.C. teve uma revelação de Deus de como morreria."Orando, ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo fogo. Voltando-se para seus companheiros, disse: 'Devo ser queimado vivo!'.

Justino Mártir 110-165 d.C. em seu diálogo contra o judeu Trifo recorda que os dons do Espírito Santo, incluindo exorcismo, ainda estão em uso: "Recebendo uma vez o espírito de discernimento, outro um conselho, outro uma cura, outro de poder, outro de presciência, outro de ensino e outro de temor a Deus. Os dons proféticos permanecem conosco até o presente tempo. Para alguns (crerem) certamente em expulsar demônios, (…). Outros tem conhecimento daquilo que vai acontecer; eles tem visões e pronunciam expressões proféticas".

Irineu de Lião 130-202 d.C.. "De igual modo nós todos ouvimos que muitos dos irmãos na igreja que têm dons proféticos, e que falam em todas as línguas por intermédio do Espírito, e que também trazem a luz os segredos dos homens para benefício dos homens, e que expõem os mistérios de Deus."

Tertuliano 160-220 d.C. ao falar de Marcião, declarou o seguinte: "Para provar o que os profetas têm falado, e não pelo sentimento humano, mas pelo Espírito de Deus, como aqueles que previram o futuro e revelaram os segredos do coração, que apresentam um salmo, uma visão, uma oração, que é apenas pelo Espírito em um êxtase, ou seja, em um rapto ou num arrebatamento toda vez que uma interpretação tem ocorrido." Aparentemente Tertuliano descreveu parte da vida comum da Igreja Ortodoxa e recomendou buscar o dom do Espírito Santo de profecia.

Pacômio 292-348 d.C. depois de momentos especiais podia, sob o poder do Espírito falar os idiomas grego e latim que jamais havia aprendido."

Agostinho de Hipona 354-430 d.C. mencionou: "Fazemos, todavia o que os Apóstolos fizeram quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito Santo. Mediante a imposição de mãos esperamos que os crentes falem em novas línguas."

Simão o Novo Teólogo 949–1022 d.C. talvez o mais famoso cristão carismático da igreja Ortodoxa. Seus relatos declaram muitas experiências espirituais, isto inclui um 'batismo no Espírito Santo' acompanhado por dons de copiosos prantos, compunção, e visões de Deus.

Embora não haja registros ou indícios de derramamento do Espírito Santo durante a Idade Média, alguns autores mencionam que o valdenses, albigenses, e os frades mendicantes, falaram em línguas na Europa Meridional.

Jansenitas 1640-1801 fizeram parte de um movimento agostiniano radical na Igreja Católica Romana (seu adepto mais famoso foi o cientista e apologista francês Blaise Pascal), alguns de seus adeptos em Port Royal ficaram conhecidos pelos seus sinais e prodígios, dança espiritual, curas, e elocuções proféticas. Alguns dizem que falaram em línguas estranhas e interpretaram as línguas que lhes foram endereçadas.

Serafin de Sarov 1759-1833 líder carismático da igreja ortodoxa russa, afirmou que o objetivo da vida cristã é a recepção do Espírito Santo. Serafim também é lembrado pelo dom de cura.

Os Huguenotes foi o nome dado ao calvinistas da França, houve manifestações carismáticas entre eles em Cevennes, durante a perseguição determinada por Louis XIV. Em seguida, uma nota sobre os huguenotes: Respeitando as manifestações físicas, há pouca discrepância entre os relatos de amigos e inimigos. As pessoas atingidas eram homens e mulheres, idosos e jovens. Muitos eram crianças com idades entre os nove ou dez anos. Eles emergiram do povo, disseram seus inimigos, da massa de ignorantes e sem cultura; sem poder ler e escrever, em sua maioria, e falando o jargão da província diariamente, que era a única coisa que poderia usar para falar. Tais pessoas caíam repentinamente para trás e, permaneciam estendidas na terra, experimentavam contorções estranhas e aparentemente involuntárias; seus peitos pareciam inchar-se e seus estômagos inflar-se. Ao sair de tal condição, gradualmente voltavam a ganhar o poder da fala instantaneamente. Começavam, muitas vezes, com uma voz interrompida por soluços e logo derramavam torrentes de palavras, clamores de misericórdia, chamados ao arrependimento, exortações aos espectadores para que parassem de freqüentar as missas, admoestações à igreja de Roma e profecias relativas ao juízo vindouro. Da boca de crianças emergiam textos da Escritura e discursos em um francês muito bom e fácil de entender, um [francês] que nunca usavam quando estavam conscientes. Quando o transe terminava, declaravam que não se lembravam de nada do ocorrido de que haviam dito. Em raras ocasiões recordavam impressões vagas e gerais, mas nada a mais. Não havia aparência de engano, nem indicação de que ao pronunciar suas predições com relação a eventos futuros, tivessem alguma idéia de prudência ou dúvida tocante a veracidade do que haviam predito. Um dos principais líderes desta igreja foi George Fox, que pregou uma mensagem sobre a nova era do Espírito Santo, ele em seu diário, diz o seguinte: No ano de 1648, enquanto estava sentado na casa de um amigo em Notinghamshire (porque desta vez o poder de Deus tinha aberto os corações de alguns para receber a Palavra de vida e de reconciliação), vi que havia uma grande fenda que passava por toda a terra, e um grande humo iba a medida que a fenda se abria caminho; depois da fenda, ocorria um grande terremoto. Esta era a terra que havia nos corações das pessoas, a qual tinha que ser sacudida antes que a semente de Deus fora levantada da tumba. E assim sucedia: pois o poder de Deus começou a sacudi-los e grandes ministrações de adoração eram conduzidas, de tal maneira, que poderosas obras do Todo-Poderoso eram realizadas entre os crentes para o assombro, tanto das gentes como dos sacerdotes.

George Fox

Quando os cristãos hussitas foram perseguidos na Boêmia, encontraram em Dresden, Alemanha um refúgio no qual podiam procurar a Deus. Em 1727 o conde Ludwig Graf de Zinzendorf começou a organizar aos crentes desta corrente cristã em uma única igreja. Durante o mês de julho criou reuniões e vigílias de oração com os jovens, posteriormente encontrou um livro chamado Ratio Disciplinae o qual relatava como a igreja de Irineu se unia para buscar a presença de Deus. “Os morávios dizem que o Espírito desceu sobre eles, e grandes sinais e maravilhas foram realizadas entre os irmãos naqueles dias, prevalecendo uma maravilhosa graça entre si, e em todo o país.”

John Wesley ministro anglicano e pai da igreja Metodista registra muitas histórias extraordinárias em seus diários, tais como a cura de pessoas, de animais, e do poder do Espírito Santo através da oração.

O Grande Despertamento foi um fenômeno espiritual que impactou a Inglaterra e Estados Unidos entre os anos 1735 e 1750. Durante este período teve grandes pregadores que influenciaram o pentecostalismo moderno.

George Whitefield 1714-1770. Ministro que aos 21 anos foi ordenado para pregar na Inglaterra. Chegou aos Estados Unidos por mais de 9 ocasiões ensinando desde a Georgia até a Nova Inglaterra.

Jonathan Edwards 1703-1758. Aos seus 19 anos começou a pregar numa igreja em Nova Iorque, depois foi ministro numa igreja de Yale e em 1726 foi pastor associado da igreja de Northampton, Massachusetts, donde seria pastor por mais de 25 anos, sendo uma das pessoas mais importantes do Grande Despertamento. Se diz que quando foi pregar em uma vila, as tabernas quebraram vazias e durante seus cultos ou reuniões, as pessoas gemiam e choravam devido as pregações.

Charles Finney 1792-1875. Foi um ministro proeminente e representativo dessa época, realizava grandes atividades evangelísticas. Implementava práticas metodistas dentro de igrejas presbiterianas e congregacionalistas. Pregava pontos wesleyanos como a santificação, e a perfeição cristã dada unicamente pelo Espírito Santo.

Dwight L. Moody 1875. Ministro que pregava na cidade de Chicago e de Nova Iorque, mencionou numa ocasião que tinha uma especial investidura de poder do alto, um batismo claro e inequívoco do Espírito Santo. O Movimento de Santidade foi um movimento que dava muita ênfase que nesta vida presente pela fé, é possível obter a inteira santificação, ou perfeição cristã através do Espírito Santo. A partir de 1840 se iniciou a pregar sobre o batismo no Espírito Santo, seu principal contribuidor foi John Morgan, o qual escreveu: "O dom do Espírito Santo, em sua plenitude pentecostal, não devia restringir-se a igreja apostólica; é o privilégio compartilhado por todos os crentes. Kittim Silva comenta que no ano de 1894 uns cem crentes foram batizados com o Espírito Santo na Carolina do Norte, falando em novas línguas. Eles pertenciam a um grupo religioso chamado União Cristã, Igreja da Santidade e em 1907 mudaram para Igreja de Deus. Esta igreja é conhecida como Igreja de Deus de Cleveland, por ser o lugar donde adquiriu mais força.

Pentecostalismo Clássico

O Pentecostalismo clássico é o que começou em 1901 entre cristãos que se reuniam na rua Azusa em Los Angeles, EUA e simultaneamente em vários outros lugares na América do Norte. É a maior corrente pentecostal entre todas as demais, pois está conformada por organizações religiosas que se formaram naqueles anos e mantém manifestações espirituais e doutrinas similares. Dentro do pentecostalismo clássico norte-americano existem três orientações principais: Santidade-Wesleyana, Vida Superior e Unitários. Exemplos de denominações wesleyanas de santidade inclui a Igreja de Deus em Cristo (IDC) e a Igreja Pentecostal Internacional de Santidade (IPIS). A Igreja do Evangelho Quadrangular é um exemplo do ramo Vida Superior, enquanto as Assembléias de Deus (AD) foi influenciada pelos dois grupos. Algumas igrejas unitárias inclui a Igreja Internacional Pentecostal Unida (IPU), Assembleia Pentecostal do Mundo (APM), e Assembléias do Senhor Jesus Cristo (ASJC). Muitas igrejas pentecostais são afiliadas com a Conferência Mundial Pentecostal. O pentecostalismo reivindica cerca de 588 milhões de adeptos no mundo inteiro. [13][Para ler mais, visite o site da Wikpedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo ].

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

O Batismo com o Espírito Santo não é modismo, pelo contrário, é uma promessa feita pelo Pai, confirmada pelo Filho e manifestada pelo Divino Consolador.

IV. OS OBJETIVOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

O batismo no Espírito Santo outorga ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter uma maior eficácia no seu testemunho e pregação (At 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder (Gr. Dunamis: Virtude) não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7). O batismo no Espírito Santo também outorga mensagens proféticas e louvores (At 2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito Santo, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (Jo 16.8; At 1.8); uma vida que glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13,14; At 4.33); visões da parte do Espírito (At 2.17); manifestação dos vários dons do Espírito Santo (1Co 12.4-10); maior desejo de orar e interceder (At 2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6) [14].

1. Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o propósito principal do batismo no Espírito Santo, o recebimento de virtude para testemunhar de Cristo com intrepidez, sem temer oposição. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus. Esse ‘Poder’ significa mais do que força ou capacidade; é o próprio Consolador em operação, em ação através do crente. O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo resulta num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador.

2. Reverência diante das coisas de Deus. O batismo no Espírito Santo outorga aos crentes o desejo de separação dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (At 2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16). Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).

3. A experimentação da plenitude espiritual. A plenitude do Espírito Santo recebida no dia de Pentecoste significou o início do cumprimento da promessa de Deus em Jl 2.28,29, de derramar seu Espírito sobre todo o seu povo nos tempos do fim (At 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; Jl 2.28,29). Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em Cristo. O batismo com o Espírito Santo é uma bênção celestial necessária aos cristãos que desejam ter uma vida vitoriosa. Por isso, quem ainda não o recebeu deve orar insistentemente, pois Deus não faz acepção de pessoas e esta promessa é para todos os homens.

SINÓPSE DO TÓPICO (4)

O batismo com o Espírito Santo permite o crente obter poder e unção para proclamar o Evangelho de Cristo, reverência diante das coisas de Deus e a experiência de uma plena espiritualidade.

(III. CONCLUSÃO)

A promessa do batismo no Espírito Santo diz respeito, principalmente, aos ‘últimos dias’, e não à era dos apóstolos. Além disso, Pedro, ao citar o profeta Joel, substituiu a expressão ‘derramarei o meu Espírito’ por ‘derramarei do meu Espírito’. Esta mudança aponta para o marco inicial da Dispensação do Espírito Santo, e que a efusão do Espírito seria na sua plenitude nos ‘últimos dias’, estes mesmos da nossa geração! Sendo uma promessa bíblica, o batismo no Espírito Santo está a disposição daquele que o quizer buscar. Não há uma fórmula mágica para a sua obtenção, entretanto, todos os que o buscam precisam ter sede (Is 44.1), ser nascido de novo (Jo 3.3), pois o Espírito só é dado à Sua Igreja (Jo 14.17). É uma promessa contemporânea e que não deve ser ignorada por nenhum cristão, “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a tantos quanto Deus, o nosso Senhor, chamar“(At 2.39).

APLICAÇÃO PESSOAL

Emoção não é a base da vida. O justo vive pela fé, não pela emoção. As Escrituras ensinam que o crente deve examinar e provar tudo o que se apresenta como sendo da parte de Deus (1Ts 5.21; cf. 1Co 14.29). “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (1Jo 4.1). (do Latim fides, fidelidade e do Gregopistia) é a firme convicção de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. O batismo no Espírito é para todos que professam sua fé em Cristo; que nasceram de novo, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar. Note que o autêntico batismo no Espírito Santo levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo mais do que antes (Jo 16.13,14; At 2.11,36; 10.44-46). O batismo no Espírito, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o Espírito, que deve ser renovado (At 4.31) e conservado (Ef 5.18).

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

NOTAS BIBLIOGRAFICAS

- Lições Bíblicas 1º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;

[1].Lições Bíblicas 3º Trim 1996 - Jovens e Adultos: Atos - O padrão para a Igreja da última hora; PP. 16 e 17;

[2].William Barclay, The Promise of the Spirit (Philadelphia: Westminster, 1960), 11; Carl F. H. Henry, God, Revelation and Authority, vol 4 (Waco, Tex.: Word Books), 272.

[3].HORTON Stanley M., Teologia Sistemática, 1ª ed. – Rio de Janeiro; CPAD, 1996; pp.432; citando Bruner em Teology, 58, 59;

[4]. HORTON Stanley M., Teologia Sistemática, 1ª ed. – Rio de Janeiro; CPAD, 1996; pp.432; citando Dunn em Baptism, 224, 225;

[5]. Adaptado de http://teologiapentecostal.blogspot.com/2008/08/batismo-no-esprito-santo-parte-02.html;

[6]. GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p 57;

[7]. Adaptado de STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; nota textual de At1.4;

[8]. Adaptado de STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; nota textual de Is 44.3;

[9]. Adaptado de STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; nota textual de Jl 2.28;

[10]. Dicionário VINE, 1ª Ed., 2002, CPAD; pp. 430;

[11]. Adaptado de http://teologiapentecostal.blogspot.com/2008/08/o-batismo-no-esprito-santo-parte-03.html;

[12]. STOTT, John. A verdade do Evangelho, p. 119;

[13]. Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo;

[14]. Adaptado de STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; Estudo Doutrinário O Batismo no Espírito Santo;

EXERCÍCIOS

1. O que é o batismo com o Espírito Santo?

R. O batismo com o Espírito Santo é o revestimento de poder.

2. O que disse Joel acerca do batismo com o Espírito Santo?

R. E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; (Jl 2.28,32).

3. Que profecia enunciou João Batista concernente ao batismo com o Espírito Santo?

R. E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. (Mt 3.11).

4. Porque o batismo no Espírito Santo não é um modismo?

R. Porque é uma promessa feita pelo Pai, ratificada pelo Filho e operada pelo Consolador.

5.O que o autêntico avivamento pentecostal plenifica?

R. A nossa reverência a Deus.

Por que os crentes faltam às aulas da EBD? Leia e saiba.

Sim. Eu considero a EBD [Escola Bíblica Dominical] um dos melhores lugar de apredermos

a palavra de Deus,e crescer em sabedoria, graça e conhecimento. Contudo, me pergunto: Até quando? Até quando os cristãos virarão suas costas à EBD? Temos um arraial mui grande de crentes que tem por costume freqüentar os cultos, em maior volume numérico, aos domingos. Se é verdade que amamos tanto a Palavra de Deus e assim cremos que ela é, porque faltamos tanto aos cultos de ensino? Por que lemos tão pouco a Bíblia? Sem dizer os livros teológicos, a saber, os comentários bíblicos. Erramos em não conhecer a Deus e ao seu poder [Mt 22.29]. Nos culto evangelístico as pessoas recebem no coração a boa semente do Evangelho, se convertem ou são convertidas, contudo, na EBD, essas sementes nascem, crescem e criam raízes espirituais profundas.

Comumente todas as Igrejas protestantes, sejam elas históricas/tradicionais, pentecostais ou neo-pentecostais, tem EBD aos domingos pela manhã e cultos evangelísticos à noite, porém, uma maior parte da membresia não frequentam a EBD, inclusive, muitos obreiros também faltam e não dão o devido valor. É um descaso total dos membros. Por outro lado, a liderança ignora esse fato e nada faz eficientemente para reverter o quadro. Penso que este estado frio pode ser mudado.

Ainda creio que a solução virá, embora seja preciso mudar a visão administrativa, i.é, mudar a visão da liderança a respeito da importância do ensino em questão. Eis o que sugiro:

a) Investir em salas de aula compatível: nossas salas são inadequadas, não atraem, as cadeiras são antigas e sujas. Algumas ainda usam quadro de gis, reto-projetor, etc.

b) Qualificar, potencializar as aulas: aqui penso em conteúdo de qualidade, de tal forma que o aluno sinta apaixonado pelo conhecimento oferecido na EBD. Ainda há muito empirismo. O ensino bíblico/teológico da EBD precisa ser prático e relevante. É por isso que esse imenso arraial de cristãos que temos não consegue mudar comportamentos de nosso país. Resumindo: o sal está muito faco.

c) Investir numa dose equilibrada de marketing à EBD: Se quisermos ter em nossas igrejas cristãos espiritualmente enraizados e convictos, teremos primeiro que investir pesado na EBD. Note-se que é comum se dizer: "a EBD é a maior escola de ensino teológico a nível de mundo", contudo, nem mesmo 50% dos próprios membros da igreja a frequemtam. Algo está errado. Jesus atraía a multidão para si, melhor, atraía a multidão pelo ensino, no poder e autoridade de suas palavras. João Batista também. Paulo, ídem. E nós? Pensemos nisto.

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