segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lição 5 Autenticidade da profecia


A autenticidade da Profecia-Francisco A. Barbosa

TEXTO ÁUREO

“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).

- Belém significa ‘Casa do Pão’ e é o lugar onde surgiu a dinastia davídica (1Sm 16.1-13), e na ‘Casa do Pão’ o ‘Pão da Vida’ nasceu para o mundo. Muitos dos contemporâneos de Jesus entenderam isso como messiânico e creram que o Messias nasceria em Belém; Efrata poderia ser traduzido para o português como um lugar onde inclui uma cidade. Era algumas vezes chamada Efrata (Gn 35.19), e para distingui-la da Belém em Zebulom era chamada Belém de Judá e Belém Efrata (Jz 17.7) e a cidade de Davi (Lc 2.4); foi no poço da cidade que três de seus guerreiros pegaram a água levada a ele, quando teve se esconder na caverna de Adulão. (Sm 23. 13-17). Mq 5.2 encerra uma das maiores profecias messiânicas proclamada 700 anos antes de Jesus nascer. Deixa transparecer, ainda, a eternidade do Messias: ‘…desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’, as raízes do Messias ultrapassam o rei Davi, vão até a imensurável eternidade.

VERDADE PRÁTICA

A autenticidade da profecia bíblica pode ser averiguada através de sua precisão e cumprimento fiel e insofismável.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Isaías 53.2-9

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Identificar a autenticidade da profecia bíblica na história;

- Explicar as lições doutrinárias do sacrifício de Cristo, e

- Reconhecer que Deus é o Senhor da história humana.

PALAVRA-CHAVE

AUTENTICIDADE: - Relativo a autêntico. De origem ou qualidade comprovada; genuíno, legítimo, verdadeiro.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Jamais houve um livro na história da humanidade que tenha influenciado tanto quanto a Bíblia. Ela continua sendo o livro mais freqüentemente traduzido nos mais diversos idiomas e dialetos. Talvez, por este motivo, seja inquestionável que a Bíblia assuma a posição de Palavra de Deus, um livro divinamente inspirado. Mas qual evidência palpável para apoiar esta crença? Seria sem fundamento esta fé? O que podemos utilizar como argumento para provar às pessoas que têm dúvidas sobre a inspiração da Bíblia? A inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia, para que as coisas que eles escreveram sejam exatamente o que Deus desejou revelar ao homem. A Bíblia declara ser o produto da inspiração. No dizer de Paulo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16,17). Aos Coríntios, ele escreveu que o Espírito Santo revelou as verdadeiras palavras que ele e outros usaram para ensinar a Palavra de Deus (1Co 2.10-13). Pedro testifica que os profetas do Velho Testamento também falaram como foram levados pelo Espírito Santo (1Pe 1.11,12; 2Pe 1.20,21). Os próprios profetas declararam que estavam falando as palavras de Deus (Jr 1.2, 4, 9). O cumprimento das inúmeras profecias bíblicas a respeito de fatos históricos hoje confirmados pela arqueologia, constitui-se uma prova irrefutável da origem, inspiração e autenticidade divinas dos oráculos dos antigos profetas hebreus. Hoje, analisaremos o conteúdo messiânico, especificamente, registrados em Isaías 53. Deus é o Senhor da história e nunca perde o controle desta. Essa certeza é um bálsamo em nossa jornada, onde as vicissitudes nos tentam e querem nos fazer parar. Boa aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. O DESPREZO DO SENHOR

1. A apresentação do Senhor. Esta apresentação tem seu início em 52.13 “Eis que o meu servo operará com prudência; será engrandecido, e elevado, e mui sublime”. O ápice do livro de Isaías é a mais sublime profecia messiânica no AT. Isaías está falando acerca de Jesus, o ‘Servo Sofredor’. Esta passagem é citada ou referida muitas vezes no NT. Os sofrimentos de Cristo no lugar de suas ovelhas lhes concede a vida eterna. Apresentando-O como ‘raiz de uma terra seca’, ‘desprezado… rejeitado’, ‘ferido de Deus’, a perícope de Isaías, trata-se, portanto, de uma genuína e autêntica mensagem profética da parte do Senhor Deus (At 8.28-35).

2. A mensagem do Senhor. É difícil compreender a reação de admiração diante do ensino de Cristo acoplada à persistente descrença e rejeição pelos judeus (Lc 4.22,28); A mensagem que Jesus transmitia com tanta autoridade era contrastante com os fariseus e doutores da Lei, os quais apelavam para a tradição e rabinos anteriores; Jesus causa estupenda admiração em seus ouvintes por não citar nenhuma tradição nem autoridade; Ele mesmo era o Logos de Deus. Uma discrição desse Logos dificilmente poderia começar mais apropriadamente do que com Jo 1.1. Ecoando a Septuaginta, João usa Gn 1.1 - “no princípio”. Não somente a divindade é afirmada nessas palavras, mas João repete a idéia no final do versículo: “O Logos era Deus”. No dizer de Paulo, escrevendo aos Efésios (3.9): “Deus criou todas as coisas por meio de Jesus Cristo”, e aos de Colossos ele afirma que Cristo criou todas as coisas, e mais explicitamente que Cristo “organizou o universo” (Cl 1.16,17). Cristo, o Logos, organizou o universo! Jesus fala em seu próprio nome e em sua própria autoridade, diferentemente dos mestres judeus. A Bíblia de Estudo Plenitude comentando a Palavra ‘poder’(exousia) utilizada em Mc 3.15, diz o seguinte: “[…] Uma das quatro palavras para ‘poder’ (dunamis, exousia, ischus e kratos), exousia significa a autoridade ou direito de agir, habilidade, privilégio, capacidade, autoridade delegada. Jesus tinha exousia de perdoar o pecado, curar doenças e expulsar demônios. Exousia é o direito de usar dunamis, ‘poder’. Jesus deu a seus seguidores exousia para pregar, ensinar, curar e libertar (Mc 3.15), e essa autoridade nunca foi rescindida (Jo 14.12)-Bíblia de estudo Plenitude, SBB, 2001, PC Mc 3.15, p.999. Jesus causou admiração por falar com exousia, e não obstante isso, o capítulo 53 de Isaías inicia com a pergunta: “Quem deu crédito à nossa pregação?”, apontando para a rejeição da mensagem do Messias. Até mesmo sua família, aqueles que humanamente estavam mais próximos dele, interpretou mal seu zelo como desequilíbrio mental ou emocional (Mc 3.21).

3. A aparência e a rejeição do Senhor. Freqüentemente existe uma sutil tensão entre a idéia de Jesus como um modelo de perfeição física e mental e a idéia expressada em Isaias de que “olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos” (Is 53.2). Há algumas questões intrigantes nesta passagem. O que Isaías quis dizer quando falou que o Messias não teria “boa aparência?”. Devemos considerar que o Jesus mortal pode ter tido uma aparência que fosse diferente do Senhor fisicamente perfeito e ressuscitado? Acredito que o comentário do autor é impreciso quanto à intenção do profeta Isaias em retratar Jesus como um homem comum. Entendo que Isaías não apresenta um retrato do Messias; ‘Não tinha parecer… para que o desejássemos’ lamenta a sua morte. O julgamento e a crucificação de Jesus não são algo a ser desejado, muito embora, Tiago e João, filhos de Zebedeu dissessem que seriam capazes de beber do mesmo cálice que o Senhor (cálice aqui refere-se à morte de Jesus) e realmente aqueles dois sofreram; Tiago foi o primeiro dos apóstolos a ser martirizado e João em sua velhice sofreu perseguição e exílio. O que nos acostumamos a ver em quadros pintados e produções de cinema é uma visão de artistas ocidentais de como seria o Cristo, geralmente baseada em suas próprias culturas e não na cultura da Palestina do primeiro século. Não há como saber os traços físicos de Jesus, mas certamente não é essa pintada pelos artistas.

A rejeição narrada em Isaias enfoca muito mais a aversão à mensagem de Cristo e às verdades que Ele proclamava a seu respeito. Isaias profetizou um panorama do ministério de Cristo que não teria a aceitação da sociedade judaica e sim o seu desprezo, culminando na morte de cruz. A rejeição do Senhor pode ser entendida à luz de Jo 1.5: “… e as trevas não a compreenderam.” Essencialmente, a Luz e as trevas são antagônicas; vida e luz são a essência da missão do Logos encarnado. Ele é a luz verdadeira para todos os que crêem; mas também, Ele é a Luz que clareia a consciência humana e, dessa forma, deixa o pecado exposto e os homens inescusáveis diante de Deus: “A Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que suas obras não sejam reprovadas.” (Jo 3.19,20).

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à apresentação, aparência, rejeição e mensagem do Senhor.

II. A PAIXÃO E A MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

1. O sofrimento sem igual de Jesus. O Servo Sofredor é reputado como ‘ferido de Deus’ em Is 53.4, e a Lei diz “O que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt 21.23). Quando tornou-se realidade, os espectadores pensavam que Cristo estava sofrendo somente o que merecia, mas a sua experiência de dor e angustia era por seu povo (1Pe 2.24). Cristo sofreu a maldição do pecado, aceitando a punição que os nossos pecados mereceram, provendo perdão e liberdade. Esse extremo de seu sofrimento mostra que a sua compaixão é real e não teórica. Somente aquele que tinha sido tentado de todas as maneiras possíveis, como nós, podia ser o misericordioso sumo-sacerdote (Hb 2.17,18).

2. O silêncio de Jesus.
Em obediência e submissão completa ao Pai, o Servo Sofredor em seu julgamento e morte é comparado ao cordeiro levado ao matadouro e à ovelha muda diante de seus tosquiadores: Ele “não abriu a sua boca” (v.7), sendo morto como resultado de uma injustiça. Em At 8.32, Filipe discorre sobre esta passagem explicando-a ao eunuco etíope, levando-o a converter-se a Cristo.

3. A crucificação e a sepultura de Jesus (v.9). Cristo morreu como um sacrifício propiciatório, que satisfaz o julgamento divino contra os pecadores, produzindo perdão e justificação e trazendo a reconciliação de partes que estavam alienadas entre si. A expiação realiza-se por ressarcir os danos, apagando os delitos e oferecendo satisfação pelas injustiças cometidas. A continuação do versículo (“E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte;”) profetiza o seu sepultamento decente e honrado na tumba de José de Arimatéia, o que verdadeiramente aconteceu, fato esse ratificado pelos quatro evangelhos que citam a José de Arimatéia como quem assumiu o papel de líder no sepultamento de Jesus, mostrando, assim, a autenticidade da profecia bíblica.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à paixão e sofrimento de Cristo

III. LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO

1. As nossas dores e as nossas enfermidades. O profeta, cerca de setecentos anos antes de Cristo, fez declarações incrivelmente acuradas sobre os fatos da crucificação e o seu propósito. O capítulo 53 fala do sofrimento vicário do Servo Sofredor e a sua morte sobre a cruz em oferta infinita pelos pecados da humanidade. A palavra “vicário”, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, procede do latim “vicarius” e significa “o que faz às vezes de outro” ou “o que substitui outra coisa ou pessoa”. Morte vicária e morte substitutiva são expressões equivalentes (Jo 3.16). Alguns textos bíblicos consolidam a fé no sacrifício vicário, isto é, substitutivo da morte de Jesus. Paulo diz, em Rm. 3.25 e 5.6, que, pelo sangue de Cristo, Deus propôs propiciação pelos nossos pecados a fim de que fôssemos reconciliados com Ele. Aos Efésios (1.7 e 5.2), ele afirma que Jesus ofereceu a si mesmo como oferta agradável a Deus pelos nossos pecados. Aos de Colossos, ele ensinou que temos paz pelo sangue da cruz (Cl 1.14,20,22). Ele (Jesus) assumiu a posição de vítima no sacrifício, tomando sobre Si as nossas enfermidades, as nossas dores. Tornou-se Ele o ferido de Deus e oprimido (Is 53.4). Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades (v.5), ou seja, assumia a condição da vítima dos sacrifícios da lei, levando a culpa do ofertante sobre Si (v.6). O profeta afirma que não houve apenas sofrimento, mas morte, pois foi levado como cordeiro ao matadouro (v.7), sendo cortado da terra dos viventes (v.8), devidamente sepultado (v.9), embora fosse justo. Sua morte representou verdadeira expiação do pecado (v.10), que teria o agrado do Senhor e representaria a justificação de muitos (v.11), a ponto de levar sobre Si o pecado de muitos e de poder interceder pelos transgressores, embora, para tanto, tivesse tido de ser contado com eles (v.12).

2. Os nossos pecados.
Na Antiga Aliança, as pessoas ofereciam por seus pecados sacrifícios de animais. Jesus assumiu essa posição e ofereceu-se pelos nossos pecados. Ele é o Cordeiro oferecido pelos pecados da humanidade (Jo 1.29). O Messias sofreu por nós a fim de nos tornar aceitáveis a Deus. Essa foi a vontade de Deus: que o justo sofresse pelo pecador (vv.10,11b), pois Cristo foi ‘entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus’(At 2.23).

3. A humildade e o amor de Jesus Cristo. Filipenses 2.6-11 é o texto clássico da cristologia na Bíblia. Sua humilhação consistiu em não exigir o que era direito Seu. Ao invés de insistir em Sua semelhança com Deus, Ele humilhou-se a Si mesmo. Ele, diante de cuja palavra o Universo se abala; Ele, que é adorado e exaltado por todos os anjos criados; Ele, que não é criatura, mas o próprio Criador – esvaziou-se “tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” Jesus antes da sua encarnação sempre foi Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo. Ele sempre foi revestido de glória e majestade (Jo 17.5). Ele é o criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1.16). Ele sempre foi adorado pelos anjos nas coortes celestiais. William Barclay[1] diz que esta é a passagem mais importante e mais emocionante que Paulo escreveu sobre Jesus. O contexto revela-nos que Paulo está tratando de um problema prático na vida da igreja, exortando os crentes à unidade. Ou seja, Paulo está expondo seu pensamento teológico mais profundo para resolver um problema de desunião dentro da igreja. A doutrina é a base para a solução dos problemas que atacam a igreja. William Barclay afirma: Em Paulo sempre se unem teologia e ação. Para ele, todo sistema de pensamento deve necessariamente converter-se em um caminho de vida. Em muitos aspectos esta passagem é uma daquelas que tem o maior alcance teológico do Novo Testamento, mas toda a sua intenção está em persuadir e impulsionar os Filipenses a viverem uma vida livre de desunião, desarmonia e ambição pessoal.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

As lições doutrinárias do sacrifício de Cristo abrangem nossas dores, enfermidades, nossos pecados, a humildade e o amor de Jesus Cristo.

(III. CONCLUSÃO)

Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7). As profecias bíblicas atinentes ao Messias e sua missão foram cumpridas cabalmente na pessoa de Jesus e são a confirmação da Bíblia como a palavra verdadeira e fiel de Deus aos homens. Muitas profecias do Antigo Testamento tiveram seu cumprimento no próprio Antigo Testamento, outras, se cumpriram no Novo Testamento e, outras tem se cumprido no passar dos séculos. É impressionante a maneira como se cumprem as profecias da Bíblia. O que Deus disse sucederá. “Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir.” (Jr 1.12).

[1] William Barclay (5 de dezembro de 1907, Wick – 24 de janeiro de 1978, Glasgow) foi um escritor, apresentador de rádio e televisão, pastor da Igreja da Escócia e professor de divindade e crítica bíblica na Universidade de Glasgow. Era um universalista, e não acreditava em milagres.

APLICAÇÃO PESSOAL

O que significa humildade? Paulo dá-nos uma pista por via de contraste. Não faça nada por egoísmo ou vanglória. Todos sabemos muito bem o que é o egoísmo. Vanglória é um falso orgulho: orgulho numa situação ou num momento em que não há razão alguma para ser orgulhoso. Há coisas das quais deveríamos estar verdadeiramente vaidosos: do evangelho, de nossas crianças… Porém, a maioria das pessoas orgulha-se de seu alto intelecto, de sua posição econômica superior, da boa aparência; geralmente, destinando os dons e as bênçãos de Deus para suas próprias realizações, usurpando os méritos de quem é devido. Sendo assim, humildade é, a princípio, não ser egoísta, nem falsamente orgulhoso. Humildade, continua o apóstolo, no versículo 4, significa buscar - não meramente buscar nossos próprios interesses - como também, os interesses dos outros. Diga-se de passagem, os nossos próprios nós vemos naturalmente, mas os dos outros… Façamos uma analogia. Se percebermos algo voando, tentando entrar em nossos olhos, é absolutamente natural e instintivo evitarmos que aquilo nos penetre. Entretanto, é menos provável que reajamos instintivamente para proteger as pessoas ao nosso redor (exceto os familiares).

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou: não haverá manhã para eles” (Is 8.20). A profecia, conforme conhecemos na Bíblia, significa oráculo e o profeta, vidente. Dependendo da situação profecia quer dizer proferir, anunciar uma mensagem. O profeta bíblico é aquele que recebe uma mensagem do Altíssimo e a transmite para o destinatário. As profecias que hoje são enunciadas por meio do charisma. Embora válidas para a exortação, consolação e edificação dos fiéis, não possuem valor canônico: não tem a validade das profecias registradas na Bíblia, nem tem autoridade para modificar qualquer dogma ou artigo de fé baseado nas Escrituras. Elas têm de passar pelo crivo da Bíblia Sagrada para serem recebidas pela congregação (1Co 15.26-40).

Paulo diz que os dons são dados a cada um para o que for útil – ou o bem comum (1 Co 12.7). A profecia é um dom (1 Co 12.10) e que Deus dá a cada um como quer (1 Co 12.11). Fazendo uma analogia com o corpo humano Paulo deixa claro que não há hierarquia entre os dons e ninguém é maior por portar um deles (1 Co 12.12-30). É permitido procurar os melhores dons (1 Co 12.31), manda aspirar ao de profetizar (1 Co 14.10). “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado” (Pv 29.18). À guisa de Rm 12.1,2, deve haver uma constante exposição doutrinária perante a congregação a fim de não permitir a conformação de muitos com o mundo. ‘Profecia’ aqui encerra o sentido de ‘visão’ e ‘revelação’ e afirma que a vontade revelada do Senhor e suas justas exigências conforme explícitas nas Escrituras, são o meio pelo qual o homem pode permanecer bem-aventurado. Deixa, ainda, uma solene advertência: Os que não permanecerem na Sua benignidade serão cortados.

N’Ele, que me leva a refletir: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Rm 10.4),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Lições Bíblicas 3º Trim – Livro do Mestre – versão eletrônica, CPAD (http://www.cpad.com.br);

- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- Bíblia de Estudo de Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;

- STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD

- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001

- RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB;

- http://www.slideshare.net/gotchalk/profetismo;

- Imagem: (Controle).

EXERCÍCIOS

1. Quem é o Servo do SENHOR em Isaías 52.13 - 53.12?

R. O Senhor Jesus Cristo.

2. Em que texto bíblico no Novo Testamento afirma-se que as pessoas não criam em Jesus?

R. Jo 12.37,38 e Rm 10.16 afirmam que muitos não criam nEle e até mesmo os de sua casa não compreenderam seu ministério (Mc 3.21; Jo 7.5).

3. Que tipo de cura alcança a obra da expiação?

R. Cura física e a espiritual.

4. Por que Jesus sofreu?

R. Porque agradou a Deus “moê-lo, fazendo enfermar”, colocando-o por expiação do pecado.

5. O que nos mostra a autenticidade da profecia bíblica?

R. As profecias messiânicas já cumpridas

Publicado no blog Auxilio ao Mestre

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Licão 4 do 3° Trimestre de 2010

Profecia e Misticismo

25 de julho de 2010

TEXTO ÁUREO
"Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais" (Jr 29.8).

- Os adivinhos, agoureiros e encantadores eram proibidos em Israel (Lv 19.26; Dt 18.10,11). Essas proibições contra a aceitação de religiosos ilegítimos ou a adoção de práticas ilegítimas ocorrem para que Israel seja um povo perfeito. O caráter detestável dessas práticas é sublinhado e citado como razão do julgamento divino contra os cananeus (Dt 18.9,12).

VERDADE PRÁTICA
Embora o sobrenatural fascine o ser humano, muito do que ocorre, nesse âmbito, não procede de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Deuteronômio 13.1-5; 18.10-12

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Definir o termo misticismo;

- Explicar o que são práticas divinatórias, e

- Conscientizar-se de que o objetivo da profecia bíblica é nortear o Corpo de Cristo na sua peregrinação.


PALAVRA-CHAVE
MISTICISMO
: - [Do lat. Mystica, espiritual] É uma atitude mental de busca da união íntima e direta do homem com a divindade, baseada mais na intuição e no sentimento do que no conhecimento racional.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Os profetas desempenharam um papel considerável no desenvolvimento religioso de Israel. Eram lideranças populares vocalizando sempre a sabedoria dos antigos, tentando influenciar seja na condução dos negócios do Estado seja nos costumes. No decorrer da história, surgiram inúmeros pseudo-profetas. Jeremias percebeu o perigo destes falsos com suas perigosas previsões que poderiam atenuar e desviar os desígnios sociais, morais e políticos dos profetas autênticos e investiu contra eles num famoso sermão. O universo temático da lição de hoje é a identificação do misticismo enganoso, por trás do uso da nomenclatura de Profecia. Como identificar essa tendência? Como saber se a manifestação é ou não divina? O texto da Leitura Bíblica em Classe revela-nos que o sobrenatural pode ser usado para desviar o povo de Deus. A Palavra do Senhor esclarece que, qualquer experiência antes de ser aceita, deve ser submetida ao escrutínio da Escritura Sagrada. Hoje, não são poucos os enganadores que usam a ingenuidade cristã, a fim de embromá-los em proveito próprio. É nossa tarefa alertar e ajudar nossos alunos a ter uma resposta firme contra essas tendências. Essa lição é oportuna e nos ajudará na identificação da verdadeira profecia e do misticismo. É importante que saibamos fazer uma leitura das ramificações místicas e esotéricas que estão influenciando o povo de Deus (objetos sagrados, o uso de roupas, fotos, plantas etc.), com o intuito de ‘mover’ o espiritual e influenciar o físico. É hora de rejeitarmos essas inovações!


(II. DESENVOLVIMENTO)

I. AVALIAÇÃO DA PROFECIA

1. Os embusteiros (13.1).
‘Aquele que usa de embuste; mentiroso; intrigante; intrujão’ – No capítulo 13 de Deuteronômio, Moisés faz advertências contra a apostasia. Ele inicia o texto advertindo contra os pseudo-profetas para enfatizar que embora um profeta parecesse ter credenciais impressionantes, o teste teológico continuava sendo crucial. Em qualquer caso de desvirtuamento, a pena era a morte; Deus abomina tanto a adoração a falsos deuses, que ordena a destruição total para qualquer cidade entre os israelitas que pratique tal coisa. O reformador alemão, Martinho Lutero, dizia com razão que o Diabo é o maior imitador de Deus. Jesus afirmou que tais impostores ‘farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos’ (Mt 24.24). (Assista este vídeo e tire suas conclusões). Embora estes embusteiros tentem enganar os eleitos, não há real possibilidade de que sejam bem sucedidos nesse propósito. É Deus mesmo quem protegerá os eleitos (Rm 8.31-39; Jo 10.28,29; Rm 8.30). No dizer do apostolo Paulo - ‘Satanás se transfigura em anjo de luz’ (2 Co 11.14), uma das artimanhas de Satanás consiste em reivindicar estar fazendo o bem e, especificamente, enviar a uma igreja servos seus que se dizem crentes, mas na verdade produzem apenas divisão, calúnia, imoralidade e toda espécie de destruição. Em Mt 7.20 Jesus adverte os seus discípulos: ‘Por seus frutos os conhecereis’.
2. Como identificar a fonte do milagre? (13.2). Os líderes carismáticos nem sempre são guiados por Deus. Moisés alertou os israelitas contra esses falsos profetas que encorajavam o povo a adoração a outros deuses (Dt 13.5). A igreja tem os seus profetas trabalhando para o "aperfeiçoamento dos santos", que por meio da homilia, transmitem as verdades do evangelho. Nesses últimos dias há uma proliferação de falsos profetas, são lobos vestidos de ovelha, que alegam ser usados por Deus. Jesus, em Mateus 7.15-20, mostra como um cristão pode identificar um falso profeta. A verdade é que, nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.
3. Deus usa o falso profeta para provar os seus servos (13.3). Há uma necessidade urgente de comunhão com o Senhor, ser fiel e examinar minuciosamente, com toda atenção, a Palavra revelada. O perigo do desvio surge, muitas vezes, de pessoas que parecem espirituais. A Bíblia Pentecostal, comentando Dt 13.3, afirma: “[...] Deus às vezes, testa a sinceridade do nosso amor e dedicação a Ele e à sua Palavra (cf. 8.2). Deus, as vezes, nos prova permitindo que surja entre o seu povo, pessoas afirmando que são profetas de Deus, e que realizam sinal e prodígio. Tais pessoas, às vezes,falam com muita ‘unção’, e operam milagres [...]. Ao mesmo tempo, podem pregar um evangelho contrário à revelação bíblica, acrescentar inovações à Palavra de Deus ou subtrair partes dela.” (Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, nota Dt 13.3, pg 312.). No dizer de Paulo, muitos inovadores milagreiros, falsos cristos e pregadores de ‘outro Jesus, outro espírito e outro evangelho’ (2 Co 11.4) perverterão a Palavra em proveito próprio (Leia este artigo).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
As práticas divinatórias são uma forma infame de idolatria e satanismo e, portanto, repulsivas aos olhos de Deus.

II. PRÁTICAS DIVINATÓRIAS

1. As abomináveis práticas divinatórias (18.9).
Estes versículos apresentam uma relação de práticas abomináveis comuns na religião Cananéia, das quais, Deus requeria o afastamento. A feitiçaria é encontrada em todas as culturas e em todas as épocas; apresenta-se sob aspectos diversos, mas sempre com característica em comum que é o recurso a fórmulas e rituais mágicos, cabalísticos, para curar doenças, prever coisas futuras, assegurar o sucesso de empreitadas, etc. A Bíblia ressalta essa prática no Egito; o livro de Êxodo 7.11 ss, narra que tendo Moisés e Arão feito prodígios diante do Faraó, os magos do Faraó, através de suas artes mágicas, fizeram o mesmo. Em Isaías 47.l2ss e em Daniel 1.20; 2.2ss, mostram a importância que a magia possuía entre os babilônios. A cultura helenística por sua vez nada fazia de importante sem antes consultar as pitonisas e os oráculos. Por isso Deus estabeleceu a mais severa das punições para quem recorresse a mágicos e adivinhos, ou invocasse os espíritos: a pena de morte (Ex 22.18; Lv 20.27; 19.26-31; 20.6; Dt 18.9-14). Por sua vez, o Novo Testamento declara que quem pratica tais coisas não entrará no reino de Deus (Gl 5.20,21; AP 22.15). “Na Bíblia, Deus nos diz tudo o que precisamos saber sobre o que está por acontecer”. Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal-REFLEXÃO.
2. Adivinhador, prognosticador, agoureiro, feiticeiro, encantador, necromante e mágico (18.10,11). Os adivinhos ou feiticeiros procuravam predizer eventos futuros ou desvendar segredos, pela ação de espíritos malignos ou de algum meio humano. Estes versículos contêm uma relação de práticas ocultistas comuns na religião Cananéia, as quais eram e continuam sendo abomináveis ao Senhor e terminantemente proibidas por ele. A sociedade sem Deus interessa-se pelo ocultismo em suas múltiplas formas. O ocidente foi invadido por uma avalanche de cultos e práticas orientais pseudo-religiosas, muitas delas, camufladas em filosofias e medicina alternativa. O propósito satânico tem sido sempre tirar os homens do caminho verdadeiro e introduzi-lo em algum substituto. Muita gente não entende a verdadeira natureza nem o grave perigo envolvido nas artes ocultas.
Porque Deus proíbe toda a relação com o ocultismo?
1. Porque Ele é Senhor, Soberano. Todas as coisas e o futuro estão em suas mãos;
2. Porque Ele sabe o mal que faz ao ser humano, especialmente no entorpecer da personalidade; é uma desnaturalização da natureza e do livre arbítrio;
3. Porque Ele tem ordenado que conquistemos toda mudança por meio da oração a Deus e por meios legítimos. ‘Quando vos disserem: consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes: - não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?’ (Is 8.19).
Já o plano de Deus para obtermos a verdade é ouvir os fiéis mensageiros dele exporem a sua Palavra.
3. Bruxo e bruxaria. A palavra Bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa, que geralmente se utiliza de ritos mágicos, com intenção maligna - a magia negra - ou com intenção benigna - a magia branca. É também utilizada como sinônimo de curandeirismo e prática oracular, bem como de feitiçaria. Tanto o AT quanto o NT trazem várias referências à prática da bruxaria e da feitiçaria. Sempre que essas práticas são mencionadas, elas também são condenadas por Deus. A Bíblia proíbe todo o tipo de bruxaria, incluindo feitiçaria, astrologia e magia. Em 2 Crônicas, lemos sobre um homem que se tornou rei aos 12 anos de idade, Manassés. Ele, porém, fez o que era mal aos olhos do Senhor e pagou o preço por suas escolhas ruins. Veja o que Deus disse sobre o envolvimento de Manassés com a bruxaria: ‘Fez ele também passar seus filhos pelo fogo no vale do filho de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira’. 2Cr 33.6. Por que Deus ficaria tão indignado com esse tipo de prática? Porque quer que confiemos nele como nosso guia, nossa força e nosso direcionamento. Apenas Ele é nossa força e nossa vida – não as forças da escuridão. Um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos, tem sido importada e implementada em nossas escolas - o Halloween. O Dia das Bruxas é tido como um dia especial no calendário dos adoradores de Satanás. No Halloween, as crianças vão atrás de “gostosuras ou travessuras” vestidas como diabinhos, carregando um tridente de plástico, embora não tenham a menor idéia de quem estão imitando. Satanás tem usado essa e outras imagens divertidas de si mesmo para nos confundir e distrair. Depois do ‘carro-chefe’ Harry Potter, a bruxaria teve um crescimento no meio das crianças e até mesmo no meio pedagógico, em vista que muitas professoras têm orientado seus alunos a lerem os livros do pequeno Bruxo. O caderno ZH, do jornal ZERO HORA, de 02/06/03, traz uma matéria com o título “As bruxas andam soltas na educação”, provando que o tema tem sido tão sedutor, que já virou tese de doutorado de uma socióloga da Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFGRS, baseando-se no poder de encantamento das bruxas. Nas bancas de jornais qualquer criança pode ter acesso a revistas especializadas em bruxaria, uma delas que está fazendo o maior sucesso é a WÍTCH, publicada pela Disney em vários países. (Leia este artigo)
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
As práticas divinatórias são uma forma infame de idolatria e satanismo e, portanto, repulsivas aos olhos de Deus.

III. A NECESSIDADE DA PROFECIA BÍBLICA

1. A voz de Deus na terra.
O texto de 2 Pe 1.20 afirma que nenhuma profecia da Escritura é de particular origem, isto é, da interpretação da visão feita pelo próprio profeta. Alguns tomam este versículo como referindo-se à interpretação de profecia, ao ponto que a ninguém é permitido interpretar a Escritura por si mesmo, particularmente. Mas a preocupação de Pedro aqui é a confiabilidade da própria Escritura, e não a autoridade daqueles que a interpretam. Quando Pedro estimulou os crentes a falar segundo as palavras de Deus (1Pe 4.11), ele não disse que esta mensagem substituiria a pregação e a doutrina. Nenhuma experiência pode gozar de autoridade igual às Escrituras. Cremos que a Bíblia seja suficiente para a salvação, para a fé e para a vida obediente. Não obstante isso, sabemos que a vida da Igreja deve ser abençoada pela presença do dom de profecia para a edificação, exortação e consolação da congregação. A profecia bíblica é um propósito da plenitude do Espírito Santo (At 2.17) para nortear homens e mulheres no caminho seguro para o céu. No AT os profetas cúlticos (2 Cr 20.14) exortavam o clero e o povo contra as influências pagãs no culto a Deus, como também ao culto correto na sua forma, mas destituído de sinceridade: hipócrita e vazio (Is 29.13). Muitas vezes, os profetas usavam expressões austeras para repreender a hipocrisia religiosa, o intenso ritualismo, o completo formalismo e a exacerbada carnalidade cúltica. Na atualidade, a voz do Senhor é ouvida através da exposição bíblica. A Palavra do Senhor esclarece que, qualquer experiência antes de ser aceita, deve ser submetida ao escrutínio da Escritura Sagrada. No tempo hodierno, não são poucas as pessoas que usam a ingenuidade dos indoutos, a fim de desanimá-los. Cabe a você ensiná-los a ter uma resposta firme contra essas tendências.
2. Revelação dos mistérios divinos. A palavra profética da Escritura é uma prova sólida que nos dá a certeza do cumprimento cabal da Bíblia como um todo, cujo ápice será o retorno triunfal de Cristo, a ‘estrela da alva’. Toda a Palavra teve sua origem em Deus, assim temos a firme convicção de que a mensagem de Deus é infalível e inerrante. As Escrituras em sua totalidade, são verdadeiras e fidedignas em todos os seus ensinos (1Co 14.37).
3. O contraste entre a verdadeira profecia e as práticas pagãs. “Com a direção fidedigna do Espírito Santo, das Escrituras e da Igreja, não precisamos voltar-nos para as fontes ocultas, a fim de obter informações, especialmente porque o que vêm destas fontes é enganoso.” Bíblia do estudante Aplicação Pessoal-REFLEXÃO. No mundo pós-moderno em que vivemos, ideologia religiosa é questão de escolha pessoal. Nossos púlpitos servem também ao ensino de teologias anticristãs, práticas condenadas pela Bíblia e uma confusa vida sujeita a variar de forma. Por mais que se multipliquem os modismos com sua vacuidade, a verdade será uma só: Deus é verdade e somente a Sua Palavra é a verdade. Dessa forma, heresia continuará heresia, pecado continuará pecado, verdade continuará verdade e mentira continuará mentira. "Antes de discutir a lei sobre profetas, Deuteronômio lista diversas técnicas utilizadas pelo paganismo para obter oráculos divinos (Dt 18.9-14). Tais métodos não serviriam para Israel ouvir a voz do Senhor. O que esses itens proibidos têm em comum é que todos caem na categoria da sabedoria e da ingenuidade humanas. Yehezkel Kaufmann, com muita propriedade, chama a adivinhação de ciência de segredos cósmicos e o adivinho de cientista que pode dispensar a revelação divina. O Senhor, em contrapartida, levantaria como seu veículo de revelação um profeta. Tal qual o rei, ele devia ser oriundo da comunidade israelita (18.15; 17.15). Ele só era capaz de falar porque Deus punha a palavra em sua boca (17.19). O fato de Deus, [...], colocar suas palavras na boca de seus profetas explica o porquê de muitos deles iniciarem seus pronunciamentos com: "A palavra do Senhor veio a mim" ou "Assim diz o Senhor". Por outro lado, é raro qualquer outra pessoa nas Escrituras, Antigo ou Novo Testamentos, prefaciar e validar seus comentários com esta fórmula. Uma coisa é afirmar que as Escrituras foram inspiradas; outra coisa é entender como Deus a inspirou. Já com os profetas, não restam dúvidas: Deus os inspirou ao lhes ditar suas palavras, colocando sua palavra em suas bocas, de forma que as palavras do profeta eram proferidas por Deus" (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. RJ: 2.ed. CPAD, 2006, pp.481-2).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
A profecia bíblica norteia homens e mulheres no caminho para o céu e contradiz as práticas pagãs

(III. CONCLUSÃO)

“Acautela-vos, porém, dos falsos profetas...” Mt 7.15
Há muitos que fingem ser guias cristãos cujo objetivo não é pastorear, mas sim, é egoísta e destrutivo. Somos exortados a testar aqueles que alegam profetizar por meio de seus frutos, isto é, pelo estilo de vida que leva, pelo caráter, pelos ensinamentos que ministra. Portanto, o crente precisa estar alerta e distinguir os espíritos. Vivemos num tempo em que há muitos “sinais e maravilhas”, por conseguinte, devemos orar e pedir a Deus sabedoria para divisar a Verdade e o erro. Cremos e pregamos o verdadeiro evangelho e sabemos que maravilhas acontecem em decorrência da pregação da Palavra de Deus (Mc 16.15-20). Entretanto, muitos enganadores, falsos profetas, ilusionistas, milagreiros, falsificadores da Palavra de Deus tem se levantado em nosso meio. E os falsos profetas tanto usam de ilusionismo como de sinais e prodígios de mentira (Mt 7.15-20; 2 Ts 2.9; Mt 24.24; Dt 13.1-4). (Veja este vídeo)


APLICAÇÃO PESSOAL

Tetzel[1], o padre domiciano vendedor de indulgências, ficaria envergonhado se vivesse em nosso meio! São tantos os que se dizem religiosos, porém seus atos demonstram o contrário. São estes os lobos devoradores que podemos assistir a qualquer momento nos canais de TV, nos jornais e nas rádios, uma gama estratosférica de pseudoprofetas, que falam em nome de Deus, mas colocam como se as graças do alto pudessem ser alcançadas através do dinheiro. São os modernos vendedores de indulgências. Saber como reagir a essa questão da cultura contemporânea, às vezes, é algo realmente confuso e frustrante. Todos têm opiniões diferentes em relação ao que é melhor para um cristão nestes dias. Temos aprendido que a Palavra de Deus é sempre o padrão para medir todas as coisas! ‘Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores’ Mt 7.15. Estamos vivendo isso, dado a incidência de fatos que estão a ocorrer hoje a respeito da advertência proclamada por Cristo há dois mil anos atrás. O que diria Lutero hoje? Quantas teses ele pregaria na porta de Westminster? "...mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já dissemos a vocês, agora de novo também falamos. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." (Gl 1.7-9). Convido-o a ler o artigo ‘Fanatismo e Êxtase’ no Blog Mantenedor da Fé.
“Infelizmente a cada dia sou surpreendido com novos fatos que me levam a mais profunda perplexidade. Lamentavelmente em alguns dos templos evangélicos tem se percebido as mais estranhas esquisitices, que só em mencionar me faz ficar ruborizado. Unção do riso; unção apostólica; unção do leão; unção do vômito; unção do cachorro; crentes de segunda classe; troca de anjo da guarda; arrebatamento ao 3º céu seguido por novas revelações; night gospel song; sal grosso pra espantar mal olhado; maldições hereditárias; encostos; atos proféticos; óleo ungido pra arrumar namorado; sessões do descarrego; que dentre tantas outras coisas mais, tornaram-se marcas negativas dessa geração. Caro leitor, preciso abrir o coração! Diante de tanta invencionice gospel resta-nos chorar! Sinceramente precisamos chorar. Precisamos derramar nossa alma diante do Senhor clamando a Ele que nos perdoe os pecados e que difinitivamente mude os rumos da igreja evangélica brasileira. Renato Vargens - Assista a esse vídeo
Há um artigo ‘divertido’ e instigador publicado no Blog do Pr Ciro Sanches Zibordi que transcrevo a seguir:
“Pregador está enfrentando “problemas” depois que leu o Blog do Ciro
Pastor Ciro Sanches Zibordi, e agora, o que é que eu faço? Você me perverteu, deturpou tudo o que aprendi. Deixou-me “quadrado” e muito exigente. Sabe por quê? Porque eu já não aceito qualquer coisa! Não aceito mais heresias na minha igreja! E mais: meu ministério tomou outro rumo, outra direção. Parei de pregar o que outros pregadores pregam. Só falo de Jesus... O que eu faço, agora? Tudo o que escuto tenho de pesquisar na Bíblia. E tudo o que falo tem que ter respaldo bíblico. Está vendo o que seu blog fez comigo? Tudo agora é só Bíblia, Bíblia, Bíblia...
Escute aqui, seu pastorzinho cristocêntrico: Se eu perder meus amigos por sua causa; se aqueles que gostavam de me ver pregar não pedirem mais para agendar compromissos com eles; e se eu continuar amadurecendo por causa deste seu blog, eu prometo que vou... orar e agradecer a Deus pela sua vida! Com carinho, amor, respeito e... um pouco de humor, Gabriel Luciano gabrielqueiroz27@yahoo.com”
Que estas palavras nos inspirem!
N’Ele, que me leva a refletir: "E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito.” (1Sm 12.23),
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br


[1] Johann Tetzel, (1465—1519) foi um padre dominicano, talvez melhor conhecido por ter vendido indulgências no século XVI. Sua autoridade como dispensador de indulgências foi concedida pelo Papa Leão X a fim de pregar por toda Alemanha. Em 1517, Tetzel tentava angariar - através das indulgências - doações em dinheiro para a construção da Basílica de S. Pedro. Crê-se que Martinho Lutero se inspirou nele ao escrever as suas 95 teses.

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pg 1814;
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD, pp.60-1
- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001
- Blog Mantenedor da Fé http://igrejinha.org.br/blog/
- Pregador está enfrentando “problemas” depois que leu o Blog do Ciro;
- Imagem: (Êxtase).


EXERCÍCIOS
1. Quem eram as figuras centrais em Israel no período que antecedeu a monarquia?
R. A profecia é a mensagem ou palavra do profeta. Misticismo é a tendência da união espiritual íntima com seres espirituais tenebrosos.

2. Por que o profeta Jeremias era visto com desconfiança, como traidor da nação?
R. Não.

3. Por que as práticas religiosas dos cananeus e dos egípcios mencionadas em Dt 18.10,11 são repulsivas aos olhos de Deus?
R. Porque representam uma forma infame de idolatria e satanismo.

4. Qual o objetivo dos adivinhadores em todas as suas formas de adivinhação?
R. Fazer frente à vontade de Deus e ao evangelho de Jesus Cristo.

5. O que e quem temos nós, os cristãos, para nortear a nossa vida espiritual?
R. Nós temos a Bíblia, o Senhor Jesus e o Espírito Santo.

Boa Aula!

Extraído do Blog : Auxílio ao Mestre

Por que os crentes faltam às aulas da EBD? Leia e saiba.

Sim. Eu considero a EBD [Escola Bíblica Dominical] um dos melhores lugar de apredermos

a palavra de Deus,e crescer em sabedoria, graça e conhecimento. Contudo, me pergunto: Até quando? Até quando os cristãos virarão suas costas à EBD? Temos um arraial mui grande de crentes que tem por costume freqüentar os cultos, em maior volume numérico, aos domingos. Se é verdade que amamos tanto a Palavra de Deus e assim cremos que ela é, porque faltamos tanto aos cultos de ensino? Por que lemos tão pouco a Bíblia? Sem dizer os livros teológicos, a saber, os comentários bíblicos. Erramos em não conhecer a Deus e ao seu poder [Mt 22.29]. Nos culto evangelístico as pessoas recebem no coração a boa semente do Evangelho, se convertem ou são convertidas, contudo, na EBD, essas sementes nascem, crescem e criam raízes espirituais profundas.

Comumente todas as Igrejas protestantes, sejam elas históricas/tradicionais, pentecostais ou neo-pentecostais, tem EBD aos domingos pela manhã e cultos evangelísticos à noite, porém, uma maior parte da membresia não frequentam a EBD, inclusive, muitos obreiros também faltam e não dão o devido valor. É um descaso total dos membros. Por outro lado, a liderança ignora esse fato e nada faz eficientemente para reverter o quadro. Penso que este estado frio pode ser mudado.

Ainda creio que a solução virá, embora seja preciso mudar a visão administrativa, i.é, mudar a visão da liderança a respeito da importância do ensino em questão. Eis o que sugiro:

a) Investir em salas de aula compatível: nossas salas são inadequadas, não atraem, as cadeiras são antigas e sujas. Algumas ainda usam quadro de gis, reto-projetor, etc.

b) Qualificar, potencializar as aulas: aqui penso em conteúdo de qualidade, de tal forma que o aluno sinta apaixonado pelo conhecimento oferecido na EBD. Ainda há muito empirismo. O ensino bíblico/teológico da EBD precisa ser prático e relevante. É por isso que esse imenso arraial de cristãos que temos não consegue mudar comportamentos de nosso país. Resumindo: o sal está muito faco.

c) Investir numa dose equilibrada de marketing à EBD: Se quisermos ter em nossas igrejas cristãos espiritualmente enraizados e convictos, teremos primeiro que investir pesado na EBD. Note-se que é comum se dizer: "a EBD é a maior escola de ensino teológico a nível de mundo", contudo, nem mesmo 50% dos próprios membros da igreja a frequemtam. Algo está errado. Jesus atraía a multidão para si, melhor, atraía a multidão pelo ensino, no poder e autoridade de suas palavras. João Batista também. Paulo, ídem. E nós? Pensemos nisto.

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