segunda-feira, 27 de junho de 2011

Lição 1 do 3° Trimestre de 2011

Lição 1 – O Projeto Original do Reino de Deus

3 de julho de 2011

Texto Áureo

“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

O texto de ouro desta primeira lição enseja que devemos fazer do governo soberano de Deus, e do correto relacionamento com Ele, a mais alta prioridade da nossa vida. Ao invés de gastar-se por bens materiais, a ambição daquele que teme ao Senhor deve ser 'buscar primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça'. Ele comprometeu-se a responder com lealdade: 'e todas essas coisas vos serão acrescentadas'.

Verdade Prática

O Reino de Deus consiste numa vida de amor, justiça, devoção, paz e alegria no Espírito Santo.

Leitura Bíblica em Classe

Marcos 4.1-3, 10-12; Lucas 17.20,21

Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender oconceito bíblico de Reino de Deus;
- Saber que que o Reino de Deus está presente nas Escrituras, e
- Explicar as manifestações do Reino de Deus.

Palavra-Chave

- REINO: Monarquia governada por um rei; soberania, poder real e domínio, ambito.

Comentário

(I. Introdução)

Pela misericórdia do Senhor, iniciamos o terceiro trimestre de 2011, e temos sido brindados com um tema instigante: O Reino de Deus. Não obstante ser este tema o cerne de nossa pregação, não são poucos os que desconhecem e/ou não compreendem o conceito bíblico de Reino de Deus. Pelos próximos tres meses, pesa sobre nossos ombros a responsabilidade de refletirmos biblicamente e contextualmente sobre o que é a missão integral da Igreja de Cristo e como ela deve ser agente do Reino de Deus no mundo; analisarmos criticamente nosso modelo de eclesiologia sobre como o povo de Deus se relaciona com o Senhor, como se organiza organicamente e como se relaciona com o mundo em missão, e por fim, pensar sobre como a Igreja e o Reino de Deus devem ser vividos nestes dias entre a ascenção do Senhor e o Arrebatamento da Igreja. O comentarista deste trimestre é o Pastor Wagner Tadeu dos Santos Gaby, o novo Presidente da Assembléia de Deus em Curitiba-PR, eleito por ocasião do falecimento do presidente daquela Igreja, Pr. José Pimentel de Carvalho no dia 24 de fevereiro de 2010, este homem de Deus é Major R/1 Capelão Evangélico do Exército Brasileiro, tendo sido o primeiro Capelão pentecostal das Forças Armadas (passou para a reserva remunerada em 31 de julho de 2000); comentarista de Lições Bíblicas de Escola Dominical da CPAD, escritor, membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras, e célebre palestrante em Escolas Bíblicas de Obreiros pelo Brasil. Aproveitemos bem este trimestre e aprendamos acerca da missão integral da Igreja com o Pr Wagner Gaby. Boa aula!

(II. Desenvolvimento)

I. CONCEITO BÍBLICO DE REINO DE DEUS

1. Definição de Reino de Deus. Nos evangelhos sinóticos(*), a mensagem pregada por Jesus é identificada como “o evangelho do reino” (Mt 4.23; 9.35; 24.14; Mc 1.14-15; Lc 4.43; 8.1; 16.16). Esse reino é o “Reino de Deus” ou sua expressão sinônima “Reino dos céus”, que ocorre somente em Mateus (3.2; 4.17, etc.; ver, porém, 12.28; 19.24; 21.31,43). O Evangelho de João usa poucas vezes a expressão “Reino de Deus” (só em 3.3,5), possivelmente substituindo-a por conceitos equivalentes, como “vida eterna”. Ao todo, a expressão ocorre mais de 80 vezes nos evangelhos. Paulo faz uma apresentação da natureza desse Reino em Romanos 14.17, e começa seu ensino dizendo primeiro o que não é reino de Deus: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Estas são transitórias, mas o Reino de Deus é eterno; comida e bebida falam dos prazeres da carne, Reino fala do que é espiritual, do que é do alto! A palavra grega basileia, usada nos evangelhos para “reino”, e as palavras correspondentes no hebraico e aramaico, tais como Malkuth eMemlakhah, como muitas outras palavras em nossa língua, podem designar o mesmo conceito de dois pontos de vista distintos. Elas podem indicar o reino como algo abstrato, o reinado ou governo exercido pelo rei. Podem, também, descrever o reino como algo concreto, o território, a soma total dos súditos e possessões sobre os quais se reina, incluindo quaisquer direitos, privilégios e vantagens que são desfrutados nessa esfera. Agora, surge a questão: em que sentido nosso Senhor falou do “Reino de Deus”? [1]

(*)Os exegetas chamam evangelhos sinópticos aos de Mateus, Marcos e Lucas; desde que a exegese começou a ser aplicada à Bíblia ainda no século XVIII que os especialistas se aperceberam que, dos quatro evangelhos, os três primeiros apresentavam grandes semelhanças em si, de tal forma que se colocados em três grelhas paralelas - donde vem o nome sinóptico, do grego συν, "syn" (junto) e οψις, "opsis" (ver) -, os assuntos neles abordados correspondiam quase inteiramente. Por parecer que quase teriam ido beber as suas informações a uma mesma fonte, como os primeiros grandes exegetas eram alemães, designaram essa fonte por Q, abreviatura de Quelle, que significa precisamente 'fonte' emalemão[2].

2. Os apéctos do Reino de Deus. Nos evangelhos, o reino num certo sentido já estava presente (Mt 12.28; Lc 17.21); todavia, a ênfase principal está na iminência da sua chegada (Mt 3.2; 4.17; 10.7; Mc 1.15; 9.1; Lc 9.27; 10.9,11; 19.11; 21.31). Muitas passagens falam do reino como uma realidade futura, escatológica (Mt 8.11s; 13.43; 26.29; Mc 14.25; Lc 13.28s; 14.15; 22.16,18; 23.42; 1 Co 15.50; 1 Ts 2.12; 2 Tm 4.1,18; Tg 2.5; 2 Pe 1.11; Ap 11.15; 12.10).

a) Presente. Paulo escreve aos Colocensses: “O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13), fazendo ele, uso de uma linguagem que lembra a libertação de Israel da escravidão do Egito primeiro e, depois, do cativeiro da Babilonia. Paulo está contemplando a humanidade fora de Cristo como estando irremediavelmente sob o ‘poder de trevas’, o governo malígno de Satanás (cf Ef 2.1-3, 6.11). Os crentes são resgarados deste estado universal (Gl 1.4) e trazidos para permanecer sob o domínio e a proteção do Filho de Deus. A imagem da luz. A transferencia do crente, do domínio das trevas para a autoridade de Cristo, é descrita por Paulo como um movimento em direção a outro reino e no decorrer deste capítulo, descreve-se a redenção de Cristo como algo que nos leva a um estado de perfeição, isto é, de adequação, autoridade ou capacidade para viver vitoriosamente sobre e acima dos poderes invisíveis das trevas (vs. 14-16, 2.6-10) [3].

b) Futuro. A segunda vinda de Cristo completará a colheita da ressurreição. Tendo vencido todos os inimigos, Cristo passará as rédeas do governo divino a Deus, o Pai. Na perícope de 1Co 15.24-28, Paulo argumenta que a ressurreição não é um evento isolado, com repercussão isolada, antes, é um acontecimento integrado e culminante no governo soberano de Deus sobre a história. A redenção estará completa até que Cristo “haja posto todos os inimigos debaixo dos pés” (v 25), uma referencia clara a Sl 110.1[4].

3. O governo do Reino. Deus é soberano sobre a sua criação, e esta é dependente dele para sua existencia, porque Ele cria e sustenta tudo quanto existe pelo poder do seu próprio ser. A oração do Senhor é um bom ponto de partida para se refletir sobre o reino de Deus. Nessa oração, Jesus coloca Deus em primeiro lugar, como o centro dos nossos interesses e afeições, e relaciona isso com o reino. “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.9-10). O reino de Deus torna-se presente quando os crentes se unem para invocar a Deus como Pai, quando reconhecem a sua soberania sobre suas vidas, quando o reverenciam e se submetem a ele, quando procuram fazer a sua vontade na terra como ela é feita no céu. Para que a igreja seja uma verdadeira agente do reino, primeiramente ela precisa refletir sobre a sua relação com Deus, fazer disso a sua prioridade máxima, identificar-se com os seus propósitos, associar-se a ele em sua obra de restauração da criação. A igreja precisa ser teocêntrica, a começar do seu culto. Quando o culto e a vida da igreja são voltados em primeiro lugar para a satisfação de necessidades humanas, e não para a glória e o louvor de Deus, a igreja deixa de ser teocêntrica, e em assim fazendo, não pode ser agente do reino de Deus no mundo[5].

Sinópse do Tópico (1)

O Reino de Deus é a soma de “todas as bençãos, promessas e alianças que o Todo-Poderoso destinou aos que recebem a Cristo Jesus”.

II. O REINO DE DEUS NAS ESCRITURAS

1. No Antigo Testamento. O conceito do reinado ou senhorio de Deus era familiar aos ouvintes de Jesus, estando presente no Antigo Testamento. Desde o início, Deus deixou claro que ele era o verdadeiro rei de Israel. Quando o povo pediu um rei humano, o Senhor manifestou o seu desagrado (1 Sm 8.5-7). A idéia de Deus como rei está presente em todas as Escrituras Hebraicas (Dt 33.5; Jz 8.23; Is 43.15; 52.7), em especial nos Salmos (10.16; 22.28; 24.7-10; 47.2,7-8; 93.1; 97.1; 99.1,4; 103.19; 145.11-13). Algumas passagens identificam o reino de Deus com o reino de Davi (1 Cr 17.14; 28.5; 29.11; Jr 23.5; 33.17). Esse reino será eterno e só alcançará a sua consumação em um tempo futuro, assumindo feições escatológicas (Dn 2.44).

2. No Novo Testamento. Nos dias de Jesus, os judeus piedosos esperam a vinda do reino (Mc 15.43; Lc 23.51). Após séculos de dominação estrangeira, havia a tendência de se entender o reino politicamente – a restauração do antigo reino de Israel. A vinda do reino seria a repentina intervenção de Deus na vida do seu povo, libertando-o de seus opressores e restaurando a sua liberdade, independência e prosperidade como nos dias de Davi. Até mesmo os discípulos de Jesus tinham essa expectativa (Mt 20.21; Mc 11.10; Lc 19.11; At 1.6).

a) Na pregação de João Batista. A mensagem de João, o Batizador, apresenta o tema do ensino de Jesus. Marcos e Lucas o denominam “Reino de Deus”; João proclamou que o tempo de espera tinha acabado e que o Rei em pessoa tinha chegado.

b) No ensino de Jesus. O ministério tríplice de Cristo (pregar, ensinar e curar) era sinal de que o reino já tinha vindo. Além de anunciar o reino (Lc 9.11; At 1.3) e revelar os seus mistérios (Mt 13.11; Mc 4.11), Jesus incumbiu os seus discípulos de fazerem o mesmo (Mt 10.7; 24.14; Lc 9.2,11,60); a igreja primitiva fez isso (At 8.12; 19.8; 20.25; 28.23,31; Cl 4.11).

3. Reino de Deus ou Reino dos Céus. A designação reino dos céus é bem apropriada. Ela reforça lindamente a explicação que Jesus deu a Pilatos a respeito de seu reino, quando disse:“O meu reino não é deste mundo”(Jo 18.36). Positivamente, “O reino veio do céu; seu governo, suas leis, seu modo de vida, de pensamento e de adoração são aqueles do céu; a grande nação da qual os santos são cidadãos está agora centrada no céu (Fp 3.20); e olha para o céu como seu lar, sua pátria”. O Dicionário VINE diz que a palavra traduzida como reino é principalmente um substantivo abstrato significando soberania, poder real e domínio...; e daí, transformando-se num substantivo concreto para indicar o território ou o povo sobre quem o rei domina... É usado especialmente para o reino de Deus e de Cristo. O reino de Deus é:

a) a esfera do domínio de Deus,...

b) a esfera em que a qualquer dado momento, seu domínio é reconhecido. Anthony A Hoekema afirma o seguinte: “Embora alguns tenham tentado encontrar uma difença de sentido entre estas duas expressões, deve ser mantido que Reino dos céus e Reino de Deus são sinônimos em seu significado. Uma vez que os judeus evitavam o uso do nome divino, na prática judaica ulterior, a palavra céus era usada frequentemente como um sinônimo para Deus; porque Mateus estava escrevendo primeiramente para leitores judeus. Podemos entender sua preferência por esta expressão (embora até Mateus utilize o termo Reino de Deus quatro vezes)”.

Sinópse do Tópico (2)

As expressões “Reino de Deus” e “Reino dos Céus” nos Evangelhos sinóticos – Mateus, Marcos e Lucas – são sinonimas e intercambiáveis.

III. AS MANIFESTAÇÕES DO REINO DE DEUS

1. No passado. No Antigo Testamento, em que um Reino é atribuído a Jeová, o sentido abstrato é o que prevalece, com a exceção de Ex 19.6, onde os israelitas são chamados de “um reino de sacerdotes” e, portanto, o sentido é concreto, o de um corpo de súditos que são governados. O Reino de Deus é sempre seu reinado, seu governo, nunca seu domínio geográfico. Quando Obadias prediz que “o Reino será do Senhor”, o sentido é que no futuro a supremacia pertencerá a Jeová. A maneira em que a supremacia de Israel sobre as nações é associada com a idéia de reino revela que esse era também o uso judaico comum no tempo do nosso Senhor. A idéia de Deus como rei está presente em todas as Escrituras Hebraicas (Dt 33.5; Jz 8.23; Is 43.15; 52.7), em especial nos Salmos (10.16; 22.28; 24.7-10; 47.2,7-8; 93.1; 97.1; 99.1,4; 103.19; 145.11-13).

2. No presente. O Novo Testamento aponta as características do reino. É uma dádiva do Pai: Lc 12.32; equivale à vida eterna: Mc 9.47; é uma realidade interior: Lc 17.20s; é algo novo: Mt 11.11s; Lc 7.28; 16.16; agora inclui trigo e joio: Mt 13.24,47; cresce silenciosamente: Mt 13.31,33,38,41; Mc 4.26,30; representa graça e juízo: Mt 18.23; 20.1; os filhos do reino podem perdê-lo: Mt 21.31,43; 22.2; Lc 13.28s; alguns não o herdarão: 1 Co 6.9s; 15.50; Gl 5.21; Ef 5.5; não consiste em palavra, mas em poder: 1 Co 4.20. Cristo deu a Pedro e aos demais apóstolos as chaves do reino: Mt 16.19; 18.18. Há também o reino de Cristo: Mt 16.28; Lc 22.29s; Jo 18.36; 1 Co 15.24; Cl 1.13; 2 Tm 4.1. Entre os sinais da presença do reino estão: humildade: Mt 5.3; justiça: Mt 5.10; 6.33; justiça, paz e alegria: Rm 14.17; amor a Deus e ao próximo: Mc 12.34; obediência: Mt 5.19s; fazer a vontade de Deus: Mt 6.10; 7.21; 21.31,43; dependência de Deus e confiança nele (ricos e pobres): Mt 19.23s; Mc 10.23-25; Lc 6.20; solidariedade com os sofredores: Mt 25.34; fidelidade: Lc 19.11ss; vigilância: Mt 25.1; requer novo nascimento: Jo 3.3,5. A igreja é o conjunto daqueles que crêem em Cristo e que se associam uns aos outros por causa da sua fé comum. À luz das Escrituras, a igreja é uma realidade essencialmente corporativa, comunitária. Ela é descrita como o corpo de Cristo, a família da fé, o povo de Deus, um rebanho, um edifício e outras figuras que acentuam o seu caráter de comunidade e solidariedade. O Novo Testamento não identifica a igreja com o reino de Deus. Obviamente há uma relação entre ambos, mas não uma coincidência plena. A igreja tem limites claros, assume formas institucionais, tem líderes humanos. Nada disso se aplica ao reino de Deus, que é mais intangível, impalpável. Este é uma realidade que transcende os limites da igreja e que pode não estar presente em todos os aspectos da vida da igreja. É como dois círculos que se sobrepõem em parte e que se afastam em parte. Historicamente, a igreja por vezes tem se harmonizado com o reino, outras vezes tem estado em contradição com ele. Todavia, dada a importância da igreja no propósito de Deus, ela é chamada para expressar a realidade do reino, para ser o principal agente do reino de Deus no mundo. Para que isso aconteça, a igreja e seus membros precisam manifestar os sinais do reino, ser instrumentos do reino na vida das pessoas, da sociedade, do mundo. Sempre que a igreja busca em primeiro lugar a glória de Deus, fazer a vontade de Deus, viver uma vida se humildade, amor, abnegação, altruísmo, solidariedade, etc., ela se torna agente e instrumento do reino. O reino pode se manifestar, e com freqüência se manifesta, fora dos limites institucionais da igreja. Quando isso ocorre, a igreja deve se regozijar com essas manifestações, apoiá-las e incentivá-las. Todavia, existem aspectos do reino que só a igreja pode evidenciar, principalmente a proclamação do evangelho, das boas novas do amor de Deus revelado em Cristo[6].

3. No futuro. Reino Milenar é o nome dado aos 1000 anos do reinado de Jesus Cristo na terra. Alguns buscam interpretar os 1000 anos de forma alegórica. Alguns entendem os 1000 anos meramente como uma forma figurativa de dizer “um longo período de tempo”. Disto, resulta que alguns não esperam um reinado literal e físico de Jesus Cristo na terra. Entretanto, por 6 vezes, Apocalipse 20:2-7 fala do Reino Milenar com duração específica de 1000 anos. Se Deus quisesse dizer “um longo período de tempo”, Ele poderia facilmente tê-lo feito, sem explicitamente e repetidamente mencionar o exato período de tempo. Segundo a Bíblia, quando Cristo retornar à terra, Ele Se estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lucas 1:32-33). Os pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gênesis 12-1-3). O pacto da Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Deuteronômio 30:1-10). O pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser abençoada (Jeremias 31:31-34). Na segunda vinda, estes pactos serão cumpridos quando Israel for “ajuntada” das nações (Mateus 24:31), se converter (Zacarias 12:10-14) e for restaurada à terra sob a liderança do Messias, Jesus Cristo. A Bíblia fala das condições durante o Milênio como um ambiente perfeito, fisicamente e espiritualmente. Será um tempo de paz (Miquéias 4:2-4; Isaías 32:17-18); gozo (Isaías 61:7,10); conforto (Isaías 40:1-2); sem qualquer pobreza (Amós 9:13-15) ou enfermidade (Joel 2:28-29). A Bíblia também nos diz que somente os crentes terão acesso ao Reino Milenar. Por isso, será um tempo de completa justiça (Mateus 25:37; Salmos 24:3-4); obediência (Jeremias 31:33); santidade (Isaías 35:8); verdade (Isaías 65:16) e plenitude do Espírito Santo (Joel 2:28-29). Cristo governará como rei (Isaías 9:3-7; 11:1-10), com Davi como regente (Jeremias 33:15,17,21; Amós 9:11). Os nobres e príncipes também reinarão (Isaías 32:1; Mateus 19:28). Jerusalém será o centro “político” do mundo (Zacarias 8:3). Apocalipse 20:2-7 simplesmente dá o período de tempo exato do Reino Milenar. Mesmo sem estas Escrituras, há inúmeras outras que apontam para um reino literal do Messias na terra. O cumprimento de muitos dos pactos e promessas de Deus se baseia em um futuro reino literal e físico. Não há bases sólidas para que se negue uma compreensão literal do Reino Milenar e sua duração de 1000 anos[7].

Sinópse do Tópico (3)

O Reino de Deus se manifesta nas respectivas dimensões temporais: passado, presente e futuro.

(III. Conclusão)

Para que a igreja seja uma verdadeira agente do reino, primeiramente ela precisa refletir sobre a sua relação com Deus, fazer disso a sua prioridade máxima, identificar-se com os seus propósitos, associar-se a ele em sua obra de restauração da criação. Em ordem de prioridade, a relação da igreja com o mundo está em terceiro lugar, o que não significa que seja algo opcional, secundário. Assim como aconteceu com Israel, a igreja foi formada para realizar uma missão. Se ela ignorar essa missão, nega a sua razão de ser e está sujeita ao juízo de Deus, como aconteceu com Israel. A missão primordial da igreja no que diz respeito ao mundo é a proclamação do “evangelho do reino”, assim como fizeram Jesus e os seus discípulos. Corretamente entendido, esse evangelho inclui muitas coisas importantes. Em primeiro lugar, esse evangelho é um convite a indivíduos, famílias e comunidades para se reconciliarem com Deus mediante o arrependimento e a fé em Cristo. Todavia, o evangelho são as boas novas de Deus para todos os aspectos da vida, pessoal e coletiva. Assim sendo, a legítima proclamação do evangelho não vai se limitar ao aspecto religioso e à dimensão individual (experiência de conversão pessoal), mas vai mostrar o senhorio de Cristo sobre todos os aspectos da existência.

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

Notas Bibliográficas

[1]. Adaptado de http://www.monergismo.com/textos/igreja/reino-Deus-ceus_g-vos.pdf;
[2].Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhos_sin%C3%B3pticos;
[3]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001,nota textual de Cl 1.13, p.1422; e Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, Dinâmica do Reino, Cl 1.13, p. 1243;
[4]. Ibidem, nota textual de 1Co 15.23, p.1194, e nota textual de 1Co 15.24-28, p. 1367;
[5]. Extraído do texto A igreja como agente do reino de Deus, de Alderi Souza de Matos, disponível no Blog do Instituto Presbiteriano Mackenzie (http://www.mackenzie.br/7135.html);
[6].Ibidem [1];
[7].Transcrito de http://www.gotquestions.org/portugues/reino-milenar.html;

Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).

auxilioaomestre@bol.com.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Lição 12 do 2° Trimestre de 2011

Conservando a Pureza da Doutrina Pentecostal

19 de junho de 2011


Texto Áureo

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Tm 4.16).

Paulo discipulando Timóteo alerta-o quanto ao cuidado consigo mesmo e com a doutrina. A vida pessoal dos ministros de Deus deveria ser pura tanto quanto a doutrina que pregam. A influencia de Deus pode se afastar do coração do homem através da negligência, e nossas mentes podem perder a intensidade de seu chamado. Paulo deve ter observado que os falsos mestres desviaram-se justamente por falhar nestes pontos e, portanto, de onde cristãos geralmente podem se desviar.

Verdade Prática

Mantendo-se firme e fiel à Palavra de Deus, a Igreja de Cristo conservará a sã doutrina no poder do Espírito Santo.

Leitura Bíblica em Classe
2Timóteo 4.1-4; 2Pedro 2.1-3

Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Saber que atualmente muitos falsos profetas e mestres têm tentado macular a Igreja;
- Compreender que Satanás tem usado de sutilezas para enganar os crentes, e
- Conscientizar-se de que a Igreja é a guardiã da sã doutrina.

Palavra-Chave

- DOUTRINA: No Novo Testamento, a palavra grega mais empregada para doutrina é didachē, cujo sentido é “instrução” e “ensino”. A igreja primitiva fazia uso do vocábulo didachē para referir-se “a doutrina dos apóstolos” (At 2.42)”.

Comentário

(I. Introdução)

Teremos, neste domingo, a oportunidade ímpar de ensinar a respeito da importância de se conservar a pureza da doutrina Pentecostal. É patente a todos nós a grande avalanche de novas doutrinas teológicas dos falsos profetas e falsos mestres em nosso meio, muitas delas disseminadas através da música gospel e dos pregadores de mega-eventos, e que são assimiladas por crentes pouco afeitos ao estudo da Palavra. Também sabemos que muitas de nossas igrejas desprezam o ensino bíblico, seja lá qual for o motivo, o estudo sistemático da Palavra de Deus não é levado a sério e quem sofre com isso são seus membros, tornam-se "presas" fáceis dos falsificadores da Palavra. Parece redundante estudarmos este assunto, mas ele se reveste de extrema importância, dado o momento que vivemos e à nossa ‘cultura’ de desprezo ao estudo sistematizado da Palavra, por isso, no decorrer da lição, enfatizemos o fato de que precisamos nos manter firmes e fiéis às Sagradas Escrituras a fim de que possamos desmascarar os enganos de Satanás. O estudo desse tema é importante, sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto é, um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos. O apóstolo Paulo, por exemplo, escreve: "Mas o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a própria consciência" I1Tm 4.1,2).Precisamos estar atentos, procurando seguir a recomendação bíblica: "Examinai tudo" (1Ts 5.21). Boa aula!

(II. Desenvolvimento)

I. FALSOS DOUTORES E PROFETAS

1. Uma avalanche de heresias. (do latim haerĕsis, por sua vez do gregoαἵρεσις, "escolha" ou "opção") é a doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente de um credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que pressuponha um sistema doutrinal organizado ou ortodoxo. A palavra pode referir-se também a qualquer "deturpação" de sistemas filosóficos instituídos, ideologias políticas, paradigmas científicos, movimentos artísticos, ou outros. A quem funda uma heresia dá-se o nome de heresiarca. O termo grego referia-se, em certa época, a grupos ou seitas num sentido neutro (At 24.5). Foi usado por Paulo para referir-se a grupos que provocam divisões (1Co 11.19; Gl 5.20), e veio a denotar ensinos específicos de tais grupos. As heresias, geralmente surgem em Igrejas de menor expressão e sorrateiramente, penetram em nossa denominação, através de musicas, as quais entoamos em nossas igrejas como verdadeiros mantras; através de pregadores, verdadeiros ‘showman’, que têm suas pseudomensagens copiadas e repetidas em nossos púlpitos sem serem analisada e, ainda, através de importações de falsos mestres da nossa co-irmã norte-americana. “Atenção para que ninguém vos engane” (Mt 24.4). Nosso Senhor Jesus Cristo várias vezes alertou rigorosamente os seus discípulos a respeito dos falsos ensinamentos dos fraudulentos líderes religiosos da sua época (Mt 7.15; 15, 1-9; 24.11, 24). Nada mudou, hoje como nunca, os ensinamentos dos falsos profetas tem ganhado o mundo na mesma velocidade da internet. Os meios de comunicação nos Estados Unidos têm falado com uma freqüência cada vez maior sobre a presença de um movimento herético chamado “Só Jesus” em algumas Igrejas que se dizem cristãs. Entre os que ensinam essa heresia está o famoso pregador T. D. Jakes, de Houston, Texas, que já apareceu na capa da revista TIME como um possível sucessor de Billy Graham. T.D. Jakes, juntamente com esse movimento “Só Jesus”, ensina que o Pai celestial e o Espírito Santo não existem como pessoas distintas da Santíssima Trindade. Essa heresia perigosa está arrebanhando milhares de seguidores mundo afora. Por que essa heresia tem encontrado receptividade em muitas igrejas? Porque o dogma da Santíssima Trindade não tem sido ensinado profundamente nas igrejas. Não só essa doutrina como outras que são omitidas para a formação dos verdadeiros seguidores de Cristo. Lá, Jim Bakker e sua esposa Tammy Faye Bakker ajudaram a fundar a TBN - Trinity Broadcasting Network – em 1973, dando orientações aos pastores donos da rede, Paul Crouch e sua extravagante esposa Jan Crouch, de como levantar milhões de dólares à custa das, assim por eles compreendidos, “burras” ovelhas de Jesus Cristo. Seus seguidores atuais que continuam na televisão nos EUA - especificamente na TBN - são: Benny Hinn, Joyce Meyer, Creflo Dollar, John Hagee, Oral Roberts, Robert Schüller, Paula e Randy White (hoje divorciada e que teve um caso com o pastor T.D. Jakes), Eddie Long, T.D. Jakes, entre vários outros. Esses homens e mulheres são conhecidos por terem IMPÉRIOS evangélicos, jatos, limusines, mas que apenas servem para seus próprios umbigos; são amantes dos deleites e prazeres dos bens materiais. TODOS, atualmente, estão sob investigação do Senado Norte-Americano, sob o comando do senador Charles Grassley. E o que falar de Mike Murdock e sua nefasta teologia das sementes? Myles Munroe e sua extravagante “A grande idéia de Deus (God´s big idea [1])” - estender o reino dos céus na terra, como uma colônia mundial?” “Não é pecado duvidar de algumas coisas, mas acreditar em tudo pode ser fatal” A.W.Tozer.

2. Falsos mestres e falsos profetas. Todo o capítulo 2 de 2Pedro trata de um só assunto: os falsos mestres, ou falsos instrutores. É digno de nota que, Pedro, no 1º Capítulo, falou sobre o verdadeiro conhecimento em contraste com os falsos ensinamentos dos hereges. Ao falar, da maneira como fala, no capítulo 2, sobre falsos mestres, ele está também alertando quanto ao perigo de se seguir a falsos ensinamentos. No fim do capítulo um, Pedro disse que os profetas do Velho Testamento foram guiados pelo Espírito Santo. Contudo, ele observa no capítulo 2 que havia falsos profetas (homens declarando falsamente estarem falando por Deus) no meio do povo de Israel e haverá falsos mestres entre os cristãos. É claro que estes falsos mestres são cristãos que decaíram do Senhor. Eles negam que o Senhor os resgatou do pecado (2.1). Infelizmente, outros discípulos serão enganados por eles e os seguirão (2.2,3). Pedro escreve que estes falsos mestres certamente serão punidos pelo Senhor (2.1,3,9-10,12,17). Para que ninguém pense que estes falsos mestres podem permanecer escondidos no meio da igreja, Pedro afirma a capacidade do Senhor para separar os justos dos injustos, punindo os injustos e preservando os retos (2.4-9). Para ilustrar este ponto, Pedro cita os exemplos de anjos que pecaram (2.4; veja também Judas 6), Noé e sua família (2.5) e Ló (2.6-8). Os anjos rebeldes estão reservados para o julgamento. Noé e sua família foram salvos do dilúvio enquanto o resto da humanidade foi afogada. Ló foi resgatado de Sodoma, mas a cidade inteira foi completamente destruída. Pedro é cuidadoso ao notar a retidão de Noé e Ló. Pedro descreve o caráter destes falsos mestres. Eles são arrogantes e não têm respeito pela autoridade (2.10,18). Eles são indivíduos gananciosos, tirando lucro financeiro dos seus "discípulos" (movidos por avareza, farão comércio de vós; tendo coração exercitado na avareza; seguiram no erro de Balaão que queria lucrar amaldiçoando Israel). Além disso, eles são culpados de imoralidade (imundas paixões; sua luxúria carnal; tendo os olhos cheios de adultério). Pedro descreve vivamente a situação daqueles que deixam Cristo e retornam ao mundo. Eles se tornam escravos da corrupção (2.19). O último estado destas pessoas (mais uma vez enredados no pecado) é pior do que o primeiro. Tendo sido libertados da corrupção do mundo através do seu conhecimento de Cristo, se retornam a estas contaminações, eles são comparáveis ao cão que retorna para comer seu próprio vômito e o porco lavado que retorna ao lamaçal (2.20-22). Que mais tem o evangelho para oferecer àqueles que rejeitaram Jesus Cristo? Absolutamente nada! [2].

3. A falta de estudo bíblico no meio pentecostal. Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! (Sl 119.97). Estudar a Bíblia não é apenas lê-la. É aproveitar lições preciosas para o crescimento espiritual, extraindo alimento para a alma. A Bíblia é o Livro de Deus. Ela é a mensagem de Deus para todas as pessoas, em todos os tempos, em todos os lugares. Deus amou o mundo. "[...] Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade" (1Tm 2.3,4). A Bíblia é a revelação especial de Deus para a humanidade. Ainda que seja o livro mais editado, no mundo, ao longo dos tempos, é, ainda, o livro menos conhecido de muitos povos e nações. O desejo de Deus é que a sua Palavra chegue a todo o ser humano, para que seja lido, apreciado e estudado [3]. Os crentes pentecostais, não herdaram completamente a mensagem pentecostal dos pioneiros, fato observado hoje pela rejeição ao conhecimento teológico de muitos líderes e, conseqüentemente, a falta de senso crítico de sua membresia. Esquecemos rapidamente que o pioneiro Gunnar Vingrem foi um seminarista, bem como, outros missionários que por aqui aportaram. Por falta de conhecimento, o pentecostal dá crédito fácil à mentira - ele crê com facilidade em qualquer invenção que aparece sem questionar nada, sem comparar com as Escrituras, bastando apenas que o líder diga tudo com ares de autoridade e com alguns “aleluias” (At 17.11; Ef 4.14-15). A realidade atual é que a maioria de nossos irmãos são ignorantes quanto a Palavra de Deus, falta interesse no estudo bíblico sério e profundo. E o pior, ainda há muitos que não vêem o estudo teológico como algo importante, citam inclusive, 2Coríntios 3.6, interpretando erroneamente a frase “a letra mata” como uma censura de Paulo contra o estudo. Não há ênfase na pregação e no estudo sério das Escrituras em nosso meio. Há quanto tempo você ouviu uma pregação expositiva acerca da Trindade – se é que já ouviu? Nossos cultos resumem-se ao louvor, e de preferências, de ‘fogo’, nas encenações teatrais, jograis, grupos de gestos, ministério de dança e coisas do tipo (1Co 1.21; 1Tm 3.15; 2Tm 2.15), e um mínimo de tempo para uma abordagem de algum texto bíblico, que em geral, são desprovidas de hermenêutica - uma das primeiras ciências que o pregador deve conhecer é certamente a hermenêutica; porém, quantos pregadores há que nem de nome a conhecem! Se quisermos preservar a sã doutrina, precisamos voltar a priorizar o estudo da Palavra de Deus (2 Tm 3.15-17). A Palavra de Deus nos torna sábios para a salvação (2 Tm 3.1 5), santifica-nos (Jo 1 7. 1 7), e leva-nos a conhecer mais profundamente ao Senhor (Os 6.3). “E perseveravam na doutrina dos apóstolos...”- Doutrina, como está em nossa Palavra-Chave, significa: ensino, aquilo que é ensinado, ensino a respeito de algo, o ato de ensinar, instrução, fazer uso do discurso como meio de ensinar. O ensino é uma doutrina e as Escrituras falam sobre três tipos de doutrina, a saber:

a. Doutrina Bíblica: São ensinamentos de Deus. Elas são imutáveis. As doutrinas de Deus possuem 3 divisões que são:

-. Doutrina da Salvação: Arrependimento, conversão, novo nascimento, santificação, etc.

-. Doutrina da fé: Teontologia, Trindade, Espírito Santo, Cristo, vida após a morte, etc.

-. Doutrina das últimas coisas: Arrebatamento, ressurreição, tribunal de Cristo, etc.

b. Doutrina de Homens: São ensinamentos e tradições de homens. São ensinos de homem e não de Deus. E as tradições mudam de tempo em tempo (Mt 15.1-9). Muitos fundamentam suas doutrinas no legalismo; em leis do Velho Testamento. Por exemplo, guardar o sábado para se salvar, outros em dogmas e tradições; (doutrina criada pelos homens). Os tais pensam em estar agradando a Deus, mas não. Em Mt 15.1-3 Jesus diz que eles invalidavam o mandamento de Deus pelas suas tradições.

c. Doutrina de Demônios: São ensinos inspirados por demônios, e contrariam a Palavra de Deus. Ex: Negam a inspiração divina sobre os autores da Bíblia; negam a divindade de Jesus; negam a vida eterna. Etc. “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1Tm 4.1).

Sinópse do Tópico

Falsos mestres e profetas, com seus ensinos fraudulentos, vêm de modo sorrateiro corrompendo a sã doutrina.

II. A SUTILEZA DE SATANÁS NO FIM DOS TEMPOS

1. Os ardis de Satanás. O astuto é aquele que usa de sutilezas para enganar e macular. Esse tem sido o papel do Adversário desde tempos imemoriais. Adulterar significa corromper falsificar o genuíno Evangelho. Quando ensinamos com aberrações e enganos, estamos acrescentando ou adulterando a Palavra de Deus. O Pr Elias Ribas em seu artigo intitulado OS FALSOS MINISTROS FALSIFICAM A PALAVRA DE DEUS, disponível no BlogTeologia em Foco, escreve: “A primeira vestimenta de um ministro de Deus é estar cingido da verdade, e a segunda é couraça da justiça. “Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça” (Ef 6.14). A palavra verdade no grego é aletheia, significa a verdade em qualquer assunto em consideração; que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa; em verdade, de acordo com a verdade; a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente as superstições dos gentios e as invenções dos judeus, e as opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos; verdade como excelência pessoal; sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano, sofisma. Cegar no grego étuphloo, que significa obscurecer a mente; embotar o discernimento mental. Como alguém que coloca uma venda nos olhos para não poder ver. O deus deste século (Satanás) vedou, cegou, obscureceu o entendimento (a mente) dos seus ministros para que lhes não resplandeça a luz do evangelho. Por está razão o diabo usa seus ministros para enganar e corromper o Evangelho de Jesus para que não resplandeça a luz da Verdade. Quando um ministro adultera o sentido da Palavra ele está deixando de ser verdadeiro, ou seja, ele não ensina a verdade segundo a Bíblia. Se ele prega seus sermões alterando, sem o verdadeiro sentido da Palavra; ele passa ser um mentiroso. E para estes a Bíblia é clara ao dizer que serão lançados no lago de fogo (Ap 21.8). Uma das armas que o diabo usa através dos falsos ministros é a proibição do estudo sistemático da Bíblia. Qualquer pregador que despreza a hermenêutica bíblica é presa fácil para Satanás. Um pregador qualificado é difícil de se enganar. Mas o desqualificado está sem conhecimento e preparo. E sem o bom conhecimento o pregador pode mudar o verdadeiro sentido da Palavra de Deus e assim tornar um adúltero no sentido bíblico” [4]. Os falsos mestres e profetas utilizam vários disfarces para semear suas heresias (2 Ts 2.1 5). Desde a fundação da Igreja, os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se "vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). A Bíblia classifica os tais como "falsos apóstolos" e "obreiros fraudulentos", identificando-os como agentes de Satanás que se transfiguram "em ministros de justiça" (2Co 11.13-15). Devemos, por isso, acautelar-nos deles. Dissimuladamente, escondem suas reais intenções e apresentam-se como ovelhas; interiormente, porém, são lobos predadores (Mt 7.1 5). Oremos e vigiemos (Mt 26.41 a) para não virmos a cair nas muitas ciladas do Diabo.

2. Palavras persuasivas. Os falsos mestres, a quem o apóstolo se refere em Cl 2, estavam envolvidos com o legalismo judaico: circuncisão (Cl 2.11), preceitos dietéticos e guarda de dias (Cl 2.16). Há também várias referências ao gnosticismo (Cl 2.18, 23). O verbo grego paralogizomai, "enganar, seduzir com raciocínios capciosos", descreve com precisão a perícia dos falsos mestres na exposição de suas heresias. O nosso cuidado deve ser contínuo para não nos tornarmos presas desses doutores do engano. Paulo adverte os crentes de Colossos a que não sejam enganados pelos falsos mestres (Cl 2.4). Que falta nos faz um pastor como Paulo... ele expressa emoções de angústia e alegria em Cl 2.1-5, além de preocupação com o bem-estar espiritual daquela igreja, ele agoniza em oração pelos crentes de Colossos e Laudicéia os quais estavam ameaçados por falsos mestres. Não obstante sua dor, ele expressa alegria pela força que aquela igreja tinha em lutar firmes pela preservação da sã doutrina (v.5). Firmes na Palavra, poderemos desmascarar as sutilezas e os ataques de Satanás contra a Igreja de Cristo.

3. “Ninguém vos faça presa sua”.Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças” (Cl 2.6-7 6). O apóstolo insiste que devemos andar de acordo com o evangelho, a fim de ficarmos arraigados, edificados e firmados na Palavra de Deus. Entretanto, a mensagem dos agentes de Satanás é sempre contra tudo o que cremos, pregamos e praticamos. Às vezes, há alguns pontos aparentemente, comuns entre nós e eles, e nisso reside o perigo, visto que é por onde tais ensino se introduzem. Satanás lança mão de todos os meios possíveis para induzir ao erro o povo de Deus. A mensagem do evangelho é simples e qualquer ser humano independentemente de seu preparo intelectual e origem, é capaz de entender; basta dar lugar ao Espírito Santo, que convence o homem "do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16.8). O significado de "presa" em Cl 2.8 revela o que acontece, ainda hoje, com os adeptos das seitas. O verbo grego sylagõgeõ, "levar como despojo, prisioneiro de guerra, seqüestro, roubo", descreve o estado espiritual dos que seguem os falsos mestres. Um dos objetivos dos promotores de heresias é escravizar suas vítimas para terem domínio sobre elas (Cl 2.18; Gl 4.17). Hoje, muitos estão nos grilhões das seitas como verdadeiros escravos. E não apenas das seitas, mas muitos pentecostais estão debaixo de jugo – do legalismo, do coronelismo, do não pode-não faças-não toques. A Bíblia adverte-nos: "Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas [...]" (Cl 2.8). Um dos maiores desafios da igreja nestes últimos dias é lutar contra os ardis e enganos do Inimigo.

Sinópse do Tópico

Como Igreja do Senhor devemos estar preparados, alicerçados na Palavra, para detectar e combater as sutilezas de Satanás.

III. A IGREJA É A GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA

1. A sã doutrina. Independente do que os legalistas façam ou digam, independente do que os tele-pregadores e cantores do gospel espalhem como verdade, a igreja deve preservar a sã doutrina, deve continuar com a doutrina saudável do evangelho. É preciso estar preocupados com que a sã doutrina, que é segundo o evangelho, seja transmitida e que haja o comprometimento para com a mesma. Duas atribuições da liderança da Igreja que, em função dos falsos mestres infiltrados em nosso meio, são de especial relevância: o ensino da sã doutrina e a refutação da que é falsa (Tt 1.9). Um motivo forte para aquela igreja se comportar de acordo com a sã doutrina, de acordo com Paulo, era evitar qualquer ocasião para os incrédulos acusarem os discípulos de impiedade (Tt 2.5, 8). Em vez de fazerem com que a palavra de Deus fosse difamada pela conduta pecaminosa, os cristãos poderiam “adornar” a doutrina de Cristo através de sua obediência (Tt 2.10). O Senhor adverte-nos, em sua Palavra, de que nos últimos tempos haveria grande rebeldia e apostasia: "Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios" (1 Tm 4.1). Paulo continua observando em geral por que os cristãos deveriam viver de acordo com a sã doutrina (Tt 2.11-14). Deus demonstrou sua graça para com a humanidade enviando seu Filho para morrer na cruz. Jesus morreu para redimir os homens de sua iniqüidade, assim provendo para ele próprio um povo especial purificado e zeloso das boas obras (Ef 5.25-27). A mensagem do evangelho é que podemos tornar-nos parte deste povo especial se quisermos deixar a impiedade e as paixões pecaminosas do mundo e viver de acordo com a sã doutrina.

2. Examinemos tudo. Paulo exortou a igreja de Tessalônica: "Examinai tudo. Retende o bem" (1Ts 5.21). Toda e qualquer manifestação espiritual deve ser analisada, a fim de evitar os efeitos do engano da falsa profecia dentro da igreja. O desdobramento deste artigo mostrará que os falsos profetas simulam uma espiritualidade, sabem falar a linguagem do povo cristão, apresentam uma suposta autoridade espiritual e falam em nome de Jesus. Porém, esses mesmos profetas não apresentam uma piedade genuína, seus frutos são carnais, e o amor está longe de seus corações. Precisamos estar atentos, porque uma profecia proferida falsamente pode trazer conseqüências destrutivas à vida de qualquer pessoa. Lembre, que a profecia de acordo com o princípio bíblico é para edificar, exortar (animar) e consolar(1Co 14.3). “Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação” (1Co 14.3); “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1). O apóstolo Pedro deixou claro que a presença do verdadeiro não é suficiente para impedir a manifestação do falso. Ao falar dos autênticos profetas hebreus do Antigo Testamento, o apóstolo ressaltou que “também houve entre o povo falsos profetas” (2Pe 2.1). Ao longo dos séculos, percebeu-se que onde há o verdadeiro, há também o falso. Para cada Moisés, há um Janes e Jambres (2Tm 3.8); para cada Micaías, há um Zedequias, filho de Quenaana (1Rs 22.11); para cada Jeremias, há um Hananias, filho deAzur. O crente não pode deixar-se levar pelos sinais e manifestações sobrenaturais, sem antes ter a certeza de que a sua origem é divina (1 Jo 4.1-3).

3. Sólido mantimento. O crescimento espiritual inicia-se a partir do momento da conversão o cristão coloca em desenvolvimento sua vida espiritual até que chegue a estatura de Cristo (Ef 4.13). Para tal, é necessário abandonar as coisas de menino (I Co 13.11; Ef 4.14) e perseguir o crescimento como um ideal cristão (Hb 5.14). Deus está sempre pronto a nos dar o crescimento. Nós cresceremos espiritualmente se fizermos assim:


a. É preciso desejar crescer (1Pe 2.2). A palavra “maduro” significa “cheio”, “completo”, “que atingiu o alvo”, “íntegro”. Assim entendemos que o cristão maduro é alguém que tem sido enriquecido pelas experiências com Deus, que está alcançando o alvo que Deus estabeleceu para tal pessoa. A verdade é que Deus tinha um propósito para as nossas vidas quando Cristo nos salvou. (Fp 3.12-18). É impossível alcançar o alvo divino se não apontarmos em direção a ele. Talvez a distância entre nós e o alvo estabelecido por Deus seja grande, mas a distância entre nós e o próximo passo não é tão grande. Nunca alcançaremos o alvo se não dermos o primeiro passo e depois o segundo e assim sucessivamente. Alcançaremos a maturidade cristã quando a estabelecermos como prioridade em nossas vidas.


b. Ingerindo alimento sólido e deixando o leite (1Co 3.2; Mt 4.4). A má alimentação atrapalha o crescimento. É preciso ter alimentação equilibrada para não ter crescimento anêmico ou retardado. O cristão que almeja o crescimento tem na Palavra de Deus a fonte de sua alimentação, pois dela emana boa doutrina que sustenta, dando força para as tempestades da vida. Estudarmos e meditarmos na Bíblia todos os dias (Js 1.8-9; Sl 1.1,2); aprendendo de Jesus (Mt 11.29); aplicando a palavra na vida e guardando-a no coração (Ap 1.3); são algumas formas de alimentar-se solidamente para crescer fortemente.


c. Mortificando as obras da carne (Gl 5.24). Não falar palavras torpes (Ef 4.29), não enganar ninguém (I Ts 4.6), não mentir (Cl 3.9), ser fiel na vida matrimonial (Ml 2.14-15), manter para com os vizinhos, seus familiares e em seu trabalho a mesma conduta que tem na igreja, buscar a libertação de todos os males (Jo 8.32,36), vestir-se de modo decente, honesto, com pudor e modéstia (1Tm. 2.9,10)


d. Mantendo com Cristo uma comunhão ininterrupta (Jo 15.4,5). É de Cristo que vem toda suficiência para o crescimento espiritual. É da videira que vem substância capaz de fortalecer os ramos, para que os mesmos sejam vistosos, fortes e frutíferos. Esteja crucificado com Cristo (Gl 2.20). O crescimento espiritual é o processo de despertar interno, e de tornar-se consciente do nosso ser interno. Significa o aumento da consciência além da existência ordinária, e o despertar para algumas verdades universais. Significa ir além da mente e do ego e realizar quem você é realmente. O crescimento espiritual é o direito de sucessão de todos. É a chave a uma vida de felicidade e de paz de espírito, e a manifestação do poder enorme do espírito interno. Este espírito está igualmente atual dentro da pessoa a mais materialista, e dentro da pessoa a mais espiritual. O nível da manifestação da espiritualidade é dependente de quanto o espírito interno é próximo à superfície, e de quanto é coberto e escondido, por pensamentos, por opinião e por hábitos negativos[5].

Sinópse do Tópico

A Igreja de Cristo é responsável pela preservação da sã doutrina.

(III. Conclusão)

O dever de examinar as coisas espirituais é fortemente recomendado pelo apóstolo Paulo repetidas vezes. "O homem espiritual julga (examina, ou como está no grego, investiga e decide) todas as coisas" (1Co 2.15). O crente espiritual deve usar seu julgamento, que é uma faculdade renovada se ele é um homem espiritual. Esse exame ou julgamento espiritual é mencionado em relação às "coisas do Espírito de Deus" (v. 14), o que nos mostra como o próprio Deus honra a personalidade inteligente do homem que Ele recriou em Cristo, convidando-o a julgar e a examinar as obras de Seu próprio Espírito, de modo que até mesmo as "coisas do Espírito" não devem ser recebidas como provenientes Dele sem serem examinadas e espiritualmente discernidas como sendo de Deus. 'Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios' (1Tm 4.1). Paulo escreveu ao jovem Timóteo, há quase dois mii anos, alertando quanto aos perigos da apostasia — gr. apostasia — 'desvio', 'afastamento', 'abandono'; no texto bíblico, sempre significa abandono ou desvio da fé em Jesus.

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

Notas Bibliográficas

[1]. "A grande idéia de Deus" - Myles Munroe/ Benny Hinn - "God´s big idea" - Leg. Port, emhttp://www.youtube.com/watch?v=NZ8YMGHUyPU&feature=player_embedded;
[2]. Adaptado do texto de Allen Dvorak, publicado emhttp://www.estudosdabiblia.net/2pedro2.htm;
[3]. Elinaldo Renovato de Lima, em http://www.ebdweb.com.br/2008/12/24/o-valor-do-estudo-da-biblia-pr-elinaldo-renovato-de-lima/?mobi;
[4]. Adaptado de: OS FALSOS MINISTROS FALSIFICAM A PALAVRA DE DEUS, Pr. Elias Ribas em http://pastoreliasribas.blogspot.com/2010/09/os-falsos-ministros-falsificam-palavra.html
[5]. Adaptado de Mensagem ministrada Por Pr. Sérgio Pereira em culto de edificação cristã; http://prsergiopereira.blogspot.com/2010/09/em-busca-do-crescimento-espiritual.html;
[6]. RENOVATO, Eiinaldo. Perigos da Pós modernidade. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 16-7;
- HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. I. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996
-
ANDRADE, Claudionor de. As Verdades Centrais da Fé Cristã. 1 A. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006
-
Lições Bíblicas 1º Trim 2004 - Jovens e Adultos: A Pessoa e Obra do Espírito Santo;
-
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;

Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição (Sociedade Bíblica do Brasil), salvo indicação específica.

Por que os crentes faltam às aulas da EBD? Leia e saiba.

Sim. Eu considero a EBD [Escola Bíblica Dominical] um dos melhores lugar de apredermos

a palavra de Deus,e crescer em sabedoria, graça e conhecimento. Contudo, me pergunto: Até quando? Até quando os cristãos virarão suas costas à EBD? Temos um arraial mui grande de crentes que tem por costume freqüentar os cultos, em maior volume numérico, aos domingos. Se é verdade que amamos tanto a Palavra de Deus e assim cremos que ela é, porque faltamos tanto aos cultos de ensino? Por que lemos tão pouco a Bíblia? Sem dizer os livros teológicos, a saber, os comentários bíblicos. Erramos em não conhecer a Deus e ao seu poder [Mt 22.29]. Nos culto evangelístico as pessoas recebem no coração a boa semente do Evangelho, se convertem ou são convertidas, contudo, na EBD, essas sementes nascem, crescem e criam raízes espirituais profundas.

Comumente todas as Igrejas protestantes, sejam elas históricas/tradicionais, pentecostais ou neo-pentecostais, tem EBD aos domingos pela manhã e cultos evangelísticos à noite, porém, uma maior parte da membresia não frequentam a EBD, inclusive, muitos obreiros também faltam e não dão o devido valor. É um descaso total dos membros. Por outro lado, a liderança ignora esse fato e nada faz eficientemente para reverter o quadro. Penso que este estado frio pode ser mudado.

Ainda creio que a solução virá, embora seja preciso mudar a visão administrativa, i.é, mudar a visão da liderança a respeito da importância do ensino em questão. Eis o que sugiro:

a) Investir em salas de aula compatível: nossas salas são inadequadas, não atraem, as cadeiras são antigas e sujas. Algumas ainda usam quadro de gis, reto-projetor, etc.

b) Qualificar, potencializar as aulas: aqui penso em conteúdo de qualidade, de tal forma que o aluno sinta apaixonado pelo conhecimento oferecido na EBD. Ainda há muito empirismo. O ensino bíblico/teológico da EBD precisa ser prático e relevante. É por isso que esse imenso arraial de cristãos que temos não consegue mudar comportamentos de nosso país. Resumindo: o sal está muito faco.

c) Investir numa dose equilibrada de marketing à EBD: Se quisermos ter em nossas igrejas cristãos espiritualmente enraizados e convictos, teremos primeiro que investir pesado na EBD. Note-se que é comum se dizer: "a EBD é a maior escola de ensino teológico a nível de mundo", contudo, nem mesmo 50% dos próprios membros da igreja a frequemtam. Algo está errado. Jesus atraía a multidão para si, melhor, atraía a multidão pelo ensino, no poder e autoridade de suas palavras. João Batista também. Paulo, ídem. E nós? Pensemos nisto.

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