terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lição 10 do 3° Trimestre de 2010

Lição-10 O Ministério Profético no Novo Testamento

( INTRODUÇÃO )
O autor do livro de Hebreus estabelece o seu tema principal nos dois primeiros versículos deste livro. No passado, o instrumento principal de Deus para sua revelação foram os profetas, mas agora Ele tem falado, ou se revelado pelo seu Filho Jesus Cristo, que é supremo sobre todas as coisas. A Palavra de Deus falada mediante seu Filho é final: ela cumpre e transcende tudo o que foi anteriormente falado da parte de Deus. Absolutamente nada, nem os profetas, nem os anjos, têm maior autoridade do que Cristo. Ele é o único caminho para a salvação eterna e o único mediador entre Deus e o homem. Deus, o Todo-Poderoso, sempre procurou comunicar-se de modo pessoal com os homens. No Antigo Testamento, utilizou os profetas para falar com os israelitas. Porém, no Novo Testamento, observamos o Pai se revelando a toda a humanidade de uma forma sublime e surpreendente, falando através de seu Filho, o maior Profeta de todos os tempos. O NT testamento não é apenas o antítipo do VT, mas apresenta também conteúdo profético. João Batista, que foi ‘profeta’, e ‘mais de que profeta’ (Mt 11.9), surgiu como uma ‘… voz que prepara o caminho do rei’: ‘Irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado’ (Lc 1.17). E chegou esse tempo do ‘Profeta Servo’, em quem se cumpriu perfeitamente as palavras de Moisés (Dt 18.18; At 3.22). A atividade profética não cessou em Jesus Cristo, continua duma maneira nova, depois que o Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecoste. Então, as palavras de Joel receberam parte do seu cumprimento: ‘vossos filhos e as vossas filhas profetizarão’ (Jl 2.28; At 2.17); assim, os crentes ouvem os profetas, enviados em nome do Senhor: Ágabo e outros, vindos de Jerusalém (At 11.27,28; 21.10); profetas em Antioquia (At 13.1); Judas e Silas (At 15.32); as quatro filhas de Filipe, o evangelista (At 21.9). Paulo também se refere a profetas cristãos em 1 Co 12.28 e seguintes: 14.29,32,37; Ef 3.5 e 4.11. O autor do Apocalipse também se refere freqüentes vezes aos profetas cristãos, que são considerados como seus irmãos (Ap 22.9).

I. JESUS CRISTO, O PROFETA QUE HAVIA DE VIR

1. A principal característica do autêntico profeta. Os profetas do Antigo Testamento serviram como canais de comunicação entre Deus e o seu povo, conscientizando-o acerca da vontade e do conhecimento divinos. os profetas do Antigo Testamento eram homens de Deus separados para esse venerável trabalho. Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história de Israel, mas nenhum deles logrou alcançar a estatura dos profetas, nem chegou a exercer tanta influência na história da redenção. A Bíblia como conhecemos não teria chegado a nossas mãos se não fosse esse abnegado ministério; Tal fato fica evidente na divisão tríplice da Bíblia hebraica (Tanakh): Torah (Lei),Neviim (Profetas), e Kethuvim (Escritos) (cf. Lc 24.44). Somente Deus pode ver o futuro e muitas vezes é o desejo dEle revelar fatos futuros ao homem. Para isso, Deus usava homens que recebiam as suas revelações e as transmitiam de forma oral ou escrita.

2. Jesus Cristo, o Profeta.
Há várias razões que apontam para Jesus como um profeta:
a)Ele foi reconhecido e foi-Lhe atribuído o título naturalmente;

b)Os apóstolos viram nele o cumprimento da promessa dada por Deus a Israel para levantar um profeta do seu povo;

c)O próprio Jesus reconheceu e usou o título de profeta para se referir a si mesmo;

d)Aqueles que o ouviam e seguiam o identificavam como tal;

e)Entre o povo judeu em geral, houve uma identificação da obra de Jesus, com o ministério profético, elementos comuns aos profetas que o precederam.
A mensagem de Cristo é semelhante à dos profetas, i. é.:Jesus Cristo é Profeta. Esta função já estava predita no Velho Testamento. Os profetas do Velho Testamento eram os porta-vozes de Deus, os seus mensageiros. Jesus é a revelação suprema do Pai, de sua vontade, de seus propósitos e de seus desejos. Há muitas passagens que se referem a Jesus como um profeta. O próprio Jesus referiu-se a si mesmo assim: ‘E Jesus continuou: —Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã; pois um profeta não deve ser morto fora de Jerusalém.’ (Lc 13.33). Em outra oportunidade, ele afirmou: ‘…Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa.’(Mc 6.4). Os Evangelhos retratam Jesus como profeta (Mt 21.11; Lc 4.24; cf. At 3.20-23), conforme a chamada profética no AT. Estas características o identificam como profeta:
- Era um homem do Espírito e da Palavra (Mt 21.42; 22.29; Lc 4.1,18; 24.27; Jo 3.34);
- Tinha íntima comunhão com Deus (Lc 5.16);
- Fazia predições proféticas (Mt 24; Lc 19.43,44);
- Realizava atos simbólicos que expressavam zelo pela honra de Deus (Mt 21.12,13; Jo 2.13-17);
- Desmascarava a hipocrisia dos líderes religiosos e os criticava por seguirem mais as tradições do que a Palavra de Deus (Mc 7.7-9,13);
- Compartilhava do sentimento e do sofrimento de Deus por causa da perdição dos que se recusavam a arrepender-se (Lc 13.34; 19.41);
- Destacava o ensino moral da Palavra de Deus (a santidade, a justiça, a retidão, o amor, a misericórdia) em contraste com a observância de rituais(12.38-40; Mt 23.136)
- Proclamava o reino iminente de Deus e o juízo divino sobre todo o mal (Mt 11.22,24; 10.15; Lc 10.12,14). (9) Pregava o arrependimento, chamando o povo a voltar-se para Deus e deixar o pecado e o mundo (v. 12; Mt 4.17).
“A predição de Moisés em Dt 18.17,18: ‘Então o SENHOR me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu…’ , foi uma profecia a respeito de Jesus Cristo. De que maneira foi Jesus semelhante a Moisés? (1) Moisés foi ungido pelo Espírito (Nm 11.17); o Espírito do Senhor estava sobre Jesus na pregação do evangelho (Lc 4.18,19). (2) Deus usou Moisés para introduzir a antiga aliança; Jesus introduziu a nova aliança. (3) Moisés conduziu Israel, tirando-o do Egito para o Sinai, e estabeleceu o pacto de seu relacionamento com Deus; Cristo redimiu seu povo do pecado e da escravidão de Satanás, e estabeleceu um novo e vivo pacto com Deus, por meio do qual seu povo pudesse entrar sua própria presença. (4) Moisés, nas leis do AT, referiu-se ao sacrifício de cordeiros para prover em figura a redenção; o próprio Cristo tornou-se o Cordeiro de Deus para prover salvação a todos quantos o aceitarem. (5) Moisés conduziu o povo à lei, mostrando-lhe a sua obrigação em cumprir seus estatutos para ter a bênção divina; Cristo chamava o povo a si mesmo e ao Espírito Santo, como a maneira de Deus cumprir a sua vontade, e dos fiéis receberem a bênção divina e a vida eterna.” (Bíblia de Estudo pentecostal, nota At 3.22)

3. A perfeição de Cristo. Ele sabia que no mar havia um peixe com uma moeda e que Pedro ao lançar o anzol o pescaria, e com o dinheiro pagaria o imposto, tanto por ele como por seu Mestre (Mt 17.27) [O peixe em questão era uma tilápia – hoje chamada de ‘peixe de São Pedro’. A tilápia carrega seus ovos e mais tarde os novos peixes na boca. Mesmo quando vão a procura de comida, os peixinhos voltam à proteção da boca da mãe. Quando a mãe-peixe quer que fiquem fora, ela pega um objeto, preferivelmente brilhante, e o segura na boca para evitar que retornem. Nesse caso o peixe pegou uma moeda de um siclo. Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, Ralph Gower, Ed. CPAD, p. 131]. Em Jo 2.24,25 está escrito que não havia necessidade de ninguém falar algo sobre o que há no interior do homem, porque Jesus já sabia de tudo. ‘…porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens.’ 1Rs 8.39 afirma que só Deus conhece o coração dos homens, logo Jesus é onisciente, porque ele é Deus. Ele sabia que a mulher samaritana já havia possuído cinco maridos e o que vivia com ela não era seu marido. ‘Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.’ (Cl 2.2,3). “O Senhor Jesus ouvia a oração de Saulo de Tarso enquanto falava com Ananias, em Damasco (At 9.11). Não há nada no universo que Jesus não saiba e tudo porque ele é onisciente e é Deus. Ele mesmo é o Deus verdadeiro e por isso jamais discursou dizendo “assim diz o Senhor’ ou ‘veio a mim a palavra do Senhor’, o que se encontra no evangelho é o seguinte: ‘em verdade, em verdade vos digo’ e fraseologia similar, ou ainda: ‘passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar’ (Lc 21.32)”. (SOARES, Ezequias. O Ministério Profético na Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p. 204). “Jesus via sua própria mensagem como uma continuação dos escritos proféticos e avaliou a geração de seu tempo à luz daquelas profecias. Muitas vezes, citava Jeremias e Zacarias, aplicando suas profecias tanto ao juízo que estava por vir sobre Jerusalém em 70 d.C., como também ao Juízo Final. Na ‘purificação do Templo’, por exemplo, Jesus citou Jeremias 7 (que alude à ameaça de violação do Templo, logo após o sermão de Jeremias sobre o Templo), como textos de Isaías e Zacarias (que dizem respeito à situação futura do Templo). O discurso de Jesus sobre o monte das Oliveiras também coloca o Templo em um contexto escatológico. Quando ouvem a profecia de Jesus sobre a destruição do Templo, os discípulos aparentemente a vinculam à vinda do Messias no fim dos tempos e perguntam sobre um sinal. O ’sinal’ dado por Jesus foi a abominação da desolação de Daniel (Mt 24.15). Isto, portanto, seria uma indicação de que a nação de Israel se aproximava de sua libertação e restauração pelas mãos do Messias, pois a profanação do Templo dará início à perseguição do povo judeu (ou seja, a ‘grande tribulação’; Mt 24.16-22). Somente o próprio Messias seria capaz de salvá-lo de seus inimigos.

II. A ATIVIDADE PROFÉTICA EM O NOVO TESTAMENTO

1. A revelação pelo Espírito (v.10a). Para se conhecer as coisas de Deus são necessários dois elementos: Uma revelação de Deus pelo Espírito Santo e uma resposta espiritual adequada pelo homem. A fonte de inspiração profética na Nova Aliança é a mesma do Antigo Pacto: O Espírito Santo. No dizer de Paulo, ‘Deus no-las revelou pelo seu Espírito’ (v.10). “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.” (Ef 4.11). Este versículo alista os dons de ministério (i.e., líderes espirituais dotados de dons) que Cristo deu à igreja. Paulo declara que Ele deu esses dons para preparar o povo de Deus ao trabalho cristão (4.12) e para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de Cristo, segundo o plano de Deus (4.13-16). Pedro afirma a divina origem e autoridade das profecias da Escritura: ‘Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo’. Tal qual o valente Pedro, todos os crentes devem, de modo semelhante, manter um conceito firme e final da inspiração e autoridade das Sagradas Escrituras.

2. O Espírito Santo conhece as profundezas de Deus (vv.10b,11). Nossa fé se baseia não somente na Palavra de Deus do NT, mas também na Palavra de Deus do AT. O Espírito Santo, através dos profetas, predisse os sofrimentos de Cristo e a glória que viria depois disso (Gn 49.10; Sl 22; Is 52.13-53.12; Dn 2.44; Zc 9.9,10; 13.7; cf. Lc 24.26,27). O Espírito Santo é chamado “o Espírito de Cristo” (1Pe 1.11) porque Ele falava a respeito de Cristo, através dos profetas, e também Ele foi enviado da parte de Cristo (vv. 11,12; Jo 16.7; 20.22; At 2.33). O mesmo Espírito que inspirou os profetas do AT (v. 11), inspirou a verdade do evangelho; assim, a mensagem do evangelho tem sua origem em Deus, e não nos seres humanos. No dia de Pentecoste, o mesmo Espírito que inspirou a verdade do evangelho, começou a dar poder a todos os crentes para proclamarem essa mensagem (At 1.8; 2.4). Como os próprios pensamentos internos de uma pessoa são conhecidos somente por ela, assim também a mente de Deus é conhecida apenas pelo Espírito de Deus. Deus escolheu tornar-se conhecido através de Jesus Cristo e o Espírito Santo trouxe esse conhecimento de Cristo à Igreja.

3. A superioridade da revelação apostólica (v.12). Paulo chama o ‘novo testamento’ ou o novo concerto ‘o ministério do Espírito’ (2Co 3.8), referindo-se à ministração do Espírito Santo. Mediante a fé em Cristo, recebemos o Espírito Santo, nascemos de novo, e recebemos a promessa do batismo no Espírito (At 1.8; 2.4). Todos os benefícios redentores em Cristo, vêm através do Espírito Santo. É Ele quem nos transmite a presença de Cristo e todas as suas bênçãos (v. 9). Na antiga aliança, o instrumento principal de Deus para sua revelação foram os profetas, mas agora Ele tem falado, ou se revelado pelo seu Filho Jesus Cristo, que é supremo sobre todas as coisas. A Palavra de Deus falada mediante seu Filho é final: ela cumpre e transcende tudo o que foi anteriormente falado da parte de Deus. Absolutamente nada, nem os profetas (v. 1), nem os anjos (v. 4), têm maior autoridade do que Cristo. Ele é o único caminho para a salvação eterna e o único mediador entre Deus e o homem.

III. O EXERCÍCIO PROFÉTICO DOS APÓSTOLOS

1. A plenitude dos tempos. Em contraste com o cativeiro da lei, a plenitude dos tempos traz liberdade de filhos em Cristo. No dizer de Paulo, a ‘plenitude dos tempos’ era o tempo estabelecido por Deus para a vinda do Messias, quando as condições do mundo favoreciam sua aparição. Paulo ressalta a divindade de Jesus (seu filho), sua humanidade (nascido de mulher), e sua sujeição à lei. Com a plenitude dos tempos, Deus envia o Messias para nos resgatar da escravidão e transformar os escravos em filhos. Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo na ‘hora certa’, quando tudo já estava preparado; havia um só império, uma só língua (grego koiné) difundida, estradas pavimentadas, boas condições de navegação, uniformização cultural, política propiciada pelo sistema administrativo do império romano, contribuições religiosas e contribuições culturais. O cristianismo, não é um evento isolado do mundo. Ele nasceu: num tempo determinado, num contexto histórico determinado, e em condições históricas determinadas que servem como pano de fundo para o estabelecimento da sua igreja. ‘Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.’ (Marcos 1:14 e 15). Plenitude dos tempos é: ‘tempo certo’; ‘momento ideal’, ‘ocasião propícia’ designada por Deus; ‘época ou contexto histórico cuja realidade (acontecimentos) foi tremendamente favorável ao objetivo da vinda de Cristo ao mundo’.

2. Profecias de Paulo. O apóstolo dos gentios, como embaixador em nome de Cristo (2 Co 5.20), desempenhava um trabalho de reconciliação, de estabelecimento ou restauração da comunhão amorosa depois da desavença, e dessa forma anunciou coisas futuras. Advertiu profeticamente, por exemplo, quanto ao aparecimento de falsos profetas na igreja, o que em parte, cumpriu-se em Éfeso, já que aquela igreja foi infestada por falsos mestres, alguns dos quais aparentemente eram líderes da igreja (1Tm 1.3, 7, 19-20). Paulo profetizou que nos últimos dias as pessoas não suportariam a sã doutrina, mas tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntariam para si mestres, segundo seus próprios desejos (2 Tm 4.3). A revelação deixada à Igreja não promete um paraíso terrestre a seus membros neste tempo (antes da volta de Jesus). Temos promessas de proteção, suprimento, cura, vitória, mas, ao mesmo tempo, exortações a respeito de aflições, perseguições, rejeição e martírio. A vitória total do cristão deve ser entendida sob um aspecto profético: há etapas proféticas que precisam concretizar-se em seu devido tempo. Paulo afirma proclamar verdadeiramente as palavras de Deus: ‘o Espírito que penetra todas as coisas, ainda as profundezas… ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus’ (1Co 2.10-12). Assim, seus oráculos são manifestos ‘não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina’ (1 Co 2.13). A verdade que o Espírito Santo lhe revelou é tão autêntica e inspirada como a dos santos profetas do Antigo Testamento. “Em suas epístolas, o apóstolo Paulo escreveu extensivamente sobre muitos assuntos proféticos, de uma forma literal e histórica. Seus comentários extremamente práticos tratavam das preocupações de seus leitores da época. Dentre os tópicos tratados, havia a apostasia religiosa. Apesar de alguns estudiosos discordarem,Paulo claramente profetizou sobre uma apostasia religiosa perto do fim da era da Igreja (2 Ts 2.3 ).

3. Profecias de Pedro e as predições através de João. O apóstolo Pedro iguala as palavras dos apóstolos com igual autoridade dos santos profetas do AT: ‘para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos’ (2 Pe 3.2). Mais adiante chama as epístolas paulinas de Escrituras: ‘como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição’ (2Pe 3.15, 16). Ao dizer “igualmente as outras Escrituras’ está reconhecendo a sua autoridade divina. (SOARES, Ezequias. O Ministério Profético na Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p.208). Pedro profetizou que nos últimos dias, i.e., no período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, falsos mestres negarão que Cristo voltará para destruir os ímpios e o mundo (cf. Ap 19.11-21); vinda de Jesus, o fim do mundo e a eternidade dos salvos, seu oráculo afirma que Deus resolveu destruir os céus e a terra por fogo, porque o pecado os contaminou (vv. 7,10,12). Esse dia virá com tanta certeza, como veio o dilúvio no tempo de Noé. A intervenção de Deus para purificar a terra por fogo significa que Ele não permitirá que o pecado fique impune para sempre. (2 Pe 3.7-18). João, o ‘discípulo amado’, irmão de Tiago, escreveu o Evangelho que leva o seu nome; foi escrito entre os anos 95 e 100 d. C., tendo sido cronologicamente o último a ser escrito. contém dezenas de profecias, quase todas pronunciadas pelo Senhor Jesus. A maior parte dos seus relatos é inédita em relação aos outros três evangelhos, o que sugere que o autor tivesse conhecimento do conteúdo deles ao escrever seu livro. Mais da metade deste evangelho é dedicado a eventos da vida de Jesus Cristo e suas palavras durante seus últimos dias. O propósito de João foi inspirar nos leitores a fé em Jesus Cristo como o Filho de Deus e o versículo que resume este propósito é Jo 20:31: ‘Jesus… operou também… muitos outros sinais… Estes, porém, foram escritos para que creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome’. O livro do Apocalipse (chamado também Apocalipse de São João, é o último da seleção do Cânon bíblico, também escrito por João, é essencialmente profético. A palavra apocalipse, do grego ??????????, significa, em grego, ‘Revelação’. Um ‘apocalipse’, na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de apocalipse aos relatos escritos dessas revelações.

(III. CONCLUSÃO)

A profecia bíblica continua sendo fator poderoso para ajudar a confirmar nossa fé. Somente Deus conhece o futuro. Ele nos provou isso, novamente, por meio das profecias da Bíblia. Muitas dessas profecias foram escritas com muita antecedência sobre os eventos preditos. E, seguramente, vez após outra, os eventos se deram da forma predita pelo Senhor. Sabemos isso porque hoje, olhando para trás na História, vemos o oráculo na Bíblia, e então, podemos ver que este se cumpriu. ‘Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas’ (Am 3.7).Hoje, examinamos o Ministério Profético no Novo Testamento. O que podemos aprender? Que princípio está por trás da profecia? Como a profecia nos ajuda a aprender a confiar na Bíblia como Palavra de Deus? O cumprimento das profecias da Bíblia Sagrada é uma das evidências de sua origem divina; por isso, todos
, p. 16-7; devemos esperar nas fiéis promessas de Deus feitas por meios de seus profetas e apóstolos.

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Lições Bíblicas 3º Trim. Livro do Mestre, versão eletrônica, CPAD (http://www.cpad.com.br);

- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- SOARES, Ezequias. O Ministério Profético na Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p.143-162;

- Gower, Ralph, Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, CPAD, 2002, p.131;

- HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009;

- HORTON, S. M. Teologia Sistemática. CPAD, 2009, pp.323-324;

- Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p.1610;

- LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008203


Francisco A. Barbosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por que os crentes faltam às aulas da EBD? Leia e saiba.

Sim. Eu considero a EBD [Escola Bíblica Dominical] um dos melhores lugar de apredermos

a palavra de Deus,e crescer em sabedoria, graça e conhecimento. Contudo, me pergunto: Até quando? Até quando os cristãos virarão suas costas à EBD? Temos um arraial mui grande de crentes que tem por costume freqüentar os cultos, em maior volume numérico, aos domingos. Se é verdade que amamos tanto a Palavra de Deus e assim cremos que ela é, porque faltamos tanto aos cultos de ensino? Por que lemos tão pouco a Bíblia? Sem dizer os livros teológicos, a saber, os comentários bíblicos. Erramos em não conhecer a Deus e ao seu poder [Mt 22.29]. Nos culto evangelístico as pessoas recebem no coração a boa semente do Evangelho, se convertem ou são convertidas, contudo, na EBD, essas sementes nascem, crescem e criam raízes espirituais profundas.

Comumente todas as Igrejas protestantes, sejam elas históricas/tradicionais, pentecostais ou neo-pentecostais, tem EBD aos domingos pela manhã e cultos evangelísticos à noite, porém, uma maior parte da membresia não frequentam a EBD, inclusive, muitos obreiros também faltam e não dão o devido valor. É um descaso total dos membros. Por outro lado, a liderança ignora esse fato e nada faz eficientemente para reverter o quadro. Penso que este estado frio pode ser mudado.

Ainda creio que a solução virá, embora seja preciso mudar a visão administrativa, i.é, mudar a visão da liderança a respeito da importância do ensino em questão. Eis o que sugiro:

a) Investir em salas de aula compatível: nossas salas são inadequadas, não atraem, as cadeiras são antigas e sujas. Algumas ainda usam quadro de gis, reto-projetor, etc.

b) Qualificar, potencializar as aulas: aqui penso em conteúdo de qualidade, de tal forma que o aluno sinta apaixonado pelo conhecimento oferecido na EBD. Ainda há muito empirismo. O ensino bíblico/teológico da EBD precisa ser prático e relevante. É por isso que esse imenso arraial de cristãos que temos não consegue mudar comportamentos de nosso país. Resumindo: o sal está muito faco.

c) Investir numa dose equilibrada de marketing à EBD: Se quisermos ter em nossas igrejas cristãos espiritualmente enraizados e convictos, teremos primeiro que investir pesado na EBD. Note-se que é comum se dizer: "a EBD é a maior escola de ensino teológico a nível de mundo", contudo, nem mesmo 50% dos próprios membros da igreja a frequemtam. Algo está errado. Jesus atraía a multidão para si, melhor, atraía a multidão pelo ensino, no poder e autoridade de suas palavras. João Batista também. Paulo, ídem. E nós? Pensemos nisto.

blog teologia viva & eficaz