terça-feira, 17 de agosto de 2010

Lição 8 do 3° Trimestre de 2010

Lição 8 - João Batista - O último Profeta do Antigo Pacto

TEXTO ÁUREO
‘A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele’ (Lc 16.16).

Trata-se aqui de João Batista. Cristo declara que João não era uma cana agitada pelo vento. Referia-se Jesus ao caráter justo de João e ao fato de ser ele um pregador que não transigia com o erro. O pensamento dos fariseus era que uma observância rígida da Lei fosse o caminho para a justiça e não perceberam que o fim da Lei era o Messias. João surge com uma mensagem nova: arrependimento e fé eram os meios para ingressar no Reino. ‘...emprega força...’ ‘Jesus declara o avanço do Reino de Deus como o resultado de duas coisas: pregação e esforço. Ele mostra que o Evangelho do Reino deve ser proclamado com paixão espiritual’ [...] Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, p.1052.

I. INTRODUÇÃO
João inicia seu ministério identificando-se. ‘Eu não sou o Cristo’ (Jo 1.20), disse ele. Ele é aquela voz que prepara o caminho do rei (Jo 1.23). Um anjo resumiu a obra de João: ‘Irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado’ (Lc 1.17). Cristo declara que João Batista não era uma cana agitada pelo vento. Esta declaração refere-se ao caráter justo de João e ao fato de ser ele um pregador que não transigia com o erro. João foi semelhante em muitos aspectos ao destemido profeta Elias. Foi o personagem que demarcou a transição da Antiga para a Nova Aliança e serviu de ponte entre o Antigo e o Novo Testamento. Também chamado de João, o Batizador, nasceu na Judéia por volta do ano 2 a.C., foi um pregador do início do século I, citado por inúmeros historiadores, entre os quais estão Flávio Josefo. Era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e o precursor do prometido Messias, Jesus Cristo. Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foi adotado pelos cristãos. Note o resultado da vida e do ministério de João, na plenitude do Espírito Santo:
- a). pela pregação convence o povo dos seus pecados e o leva ao arrependimento e à conversão a Deus (vv. 15-17);
- b). prega no espírito e poder de Elias (v. 17), e
- c). reconcilia as famílias, e conduz muitos a uma vida de retidão (v. 17).
João Batista, nascido de Zacarias e Isabel, prima de Maria, era puramente da descendência de Aarão. De acordo com a Lei, os sacerdotes só podiam ser da descendência de Aarão, e estava entre estes sacerdotes o Sumo Sacerdote que foi consagrado e foi servidor no Tabernáculo. O mais importante de todo o trabalho que o Sumo Sacerdote realizava era oferecer remissão de todos os pecados do povo de Israel, uma vez por ano no Dia da Expiação. Neste Dia da Expiação, o Sumo Sacerdote, como o representante do povo de Israel, colocava as suas mãos na cabeça de um bode e assim confessava todos os pecados da nação sobre o bode. Supõe-se quase sempre que quando João Batista se refere ao ‘Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo’ (Jo 1.29), ele estava mencionando Isaías 53.7. Todavia, como as ovelhas e os bodes são semelhantes no que se refere à linguagem, ele poderia estar se referindo ao bode expiatório – Jesus tirando os pecados do mundo quando morreu e deixou o mundo. João Batista, da descendência de Aarão, foi consagrado por Deus para uma missão especial: prepara o caminho para o Messias; e fez isso com maestria.

I. A ORIGEM DE JOÃO BATISTA

1. Sua família. João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros a oeste de Jerusalém. Segundo infere-se de Lucas, era nazireu de nascimento. João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C.. Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimônia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas ações religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote.
Veio de uma piedosa família, formada pelo sacerdote Zacarias e Isabel, sua esposa. Seu pai era ‘da ordem de Abias’ e sua mãe ‘das filhas de Arão’ (Lc 1.5). Na época de Davi, o número de sacerdotes havia se multiplicado de tal modo que o segundo rei de Israel resolveu estabelecer o sistema de serviço, do qual a ordem de Abias era a oitava (1 Cr 24.3-6,10). Nessa época existiam cerca de vinte mil sacerdotes por todo o país, gente de mais para ministrar no Templo de uma só vez. Por isso, os sacerdotes eram divididos em vinte e quatro grupos, cada um com cerca de mil, de acordo com as orientações deixadas por Davi (1Cr 24.3-19). Toda manhã, um sacerdote deveria entrar no lugar Santo e queimar incenso. Eram lançadas sorte para decidir quem entraria no Templo. Não foi um acaso a sorte cair sobre Zacarias, que naquela semana estava na turma de Abias, Deus estava no controle daquela situação. Os descendentes de Arão continuaram a se multiplicar tanto que, nos anos que precederam o nascimento de Jesus, o sacerdote só tinha uma oportunidade na vida de servir no altar (Lc 1.8-10). E foi nesse contexto que o anjo Gabriel anunciou a Zacarias o nascimento de João Batista (Lc 1.13).

2. Seu nome e seu nascimento. A narrativa que descreve o anuncio do nascimento de João e Jesus são colocados em paralelo; o mesmo anjo, Gabriel, faz o anuncio a Zacarias e a Maria, ambos os nascimentos seriam um milagre e as crianças nasceriam para realizar o plano de Deus em cumprimento à profecias do AT. O nascimento de João Batista foi um caso invulgar. Segundo nos conta Lucas 1.5-25, seus pais eram pessoas de vida irrepreensível, mas ambos já eram pessoas idosas e Isabel era estéril. Certo dia, quando Zacarias oferecia incenso no Templo, o anjo Gabriel apareceu para lhe dizer que sua mulher iria ter um filho e que se chamaria João, seria cheio do Espírito Santo desde o seu nascimento e teria a função de preparar o povo de Israel para a vinda do Messias. Zacarias era um ministro de Deus que trabalhava no Templo, cuidando da administração do prédio, do ensino das Escrituras e da adoração. Enquanto queimava o incenso no altar, ele tem a grata surpresa da oração respondida, nasceria o filho desejado, que prepararia o caminho para o Messias. Deus é Aquele que responde à oração a seu modo e tempo, não importando se a situação é impossível. Deus trabalha no seu tempo e modo e age em situações que para nós são impossíveis. A determinação de colocar o nome ‘João’ (O Senhor é Gracioso) na criança, combinada com ‘Jesus’ (O Senhor salva), transmite uma mensagem: Deus age de forma graciosa e salva o seu povo. A salvação está disponível a qualquer pessoa que o busque com sinceridade.

3. Sua estatura espiritual e sua missão. João Batista foi separado para desempenhar uma obra especial para Deus. Um antigo voto de consagração a Deus, o Nazireato, ‘obrigava-o’ a não beber vinho nem tocar em cadáveres (Nm 6.1-8). Seu papel seria semelhante ao dos profetas do AT: encorajar o povo a converter-se de seus maus caminhos e voltar-se para Deus. Nos tempos bíblicos, as estradas não passavam de uma trilha Quando alguém importante estava para chegar,como um rei ou outra pessoa importante, era prática ‘preparar o caminho.onde as pedras eram removidas, as lombadas diminuídas e os buracos enchidos.Por isso João usa essa expressão:preparai o caminho do Senhor’ (MT 11.10). Foi comparado a Elias que em seu ministério, confrontou governantes ímpios. João pregava a verdade e os mandamentos de Deus, sem temer os homens e sem jamais temer a opinião popular. As autoridades judaicas ignoraram o pecado de Herodes, mas João nem por um momento jamais fez isso. Ele opôs-se ao tal pecado, com firmeza total, demonstrando nisso fidelidade absoluta a Deus e à sua Palavra. Ele foi fiel a Deus ao condenar o pecado, embora tal atitude viesse a custar-lhe a vida (14.3-12). Que todo pregador da Palavra de Deus lembre-se disso: Cristo, também, julgará seu ministério, seu caráter e sua posição em relação ao pecado. João pavimentou o caminho para o Senhor indo ao povo com sua mensagem e continuou nesse ministério inclusive com sua prisão e morte. Jesus o seguiria primeiro pregando às multidões e depois, sendo preso e executado.

II. A PERSONALIDADE DE JOÃO BATISTA

1. O testemunho de Jesus (v.7a). Enquanto João estava encarcerado por ordem de Herodes, começou a ter algumas duvidas acerca de Jesus, se ele era realmente o Messias. Jesus respondeu ao questionamento de João mencionando a cura de cegos, aleijados, surdos e leprosos, bem como a ressurreição de mortos e a pregação do evangelho aos pobres, milagres que cumprem Is 35.5-6.

2. Sua espiritualidade e devoção (v.7b). Cristo declara que João não era uma cana agitada pelo vento. Essa frase é uma expressão idiomática hebraica para descrever alguém fraco e inconstante. Jesus elogia-o como um homem de coragem (v.7), consagrado (v. 8) e grandioso (v. 9-11). Referia-se Jesus ao caráter justo de João e ao fato de ser ele um pregador que não transigia com o erro. Mesmo preso, agitava-se com cuidados pelo Reino de Deus.

3. Sua personalidade (v.8). João pregava a verdade e os mandamentos de Deus, sem temer os homens e sem jamais temer a opinião popular. As autoridades judaicas ignoraram o pecado de Herodes, mas João nem por um momento jamais fez isso. Ele opôs-se ao tal pecado, com firmeza total, demonstrando nisso fidelidade absoluta a Deus e à sua Palavra. Ele foi fiel a Deus ao condenar o pecado, embora tal atitude viesse a custar-lhe a vida (14.3-12). Que todo pregador da Palavra de Deus lembre-se disso: Cristo, também, julgará seu ministério, seu caráter e sua posição em relação ao pecado.

III. JOÃO BATISTA, O ÚLTIMO PROFETA

1. "Muito mais que profeta" (v.9). João foi o precursor imediato daquele que todos os profetas apontaram, e por isso ele apontou Cristo mais claramente do que todos os outros. O próprio João foi ‘objeto’ de profecia (Ml 3.1); ele é o cumprimento da profecia de Ml 4.5-6 e o arauto do Servo do Senhor (MT 3.3; Is 40.3). Jesus acrescentou que dentre os mortais, não houve ninguém maior do que João (v.11). Esse questionamento de Jesus é bem propício para a Igreja de hoje: Se fosse hoje talvez esperássemos ver alguém preocupado com cargos e títulos portentosos, alguém que procura aplausos e popularidade? ou alguém que pregasse uma mensagem popular, que apresentasse uma nova unção, uma revelação espetacular, algo novo na religião? O que vemos não é um homem fraco, inconstante, com novas revelações, mas um homem corajoso, cheio do Espírito Santo, resignado a fazer a Obra que o Senhor lhe tinha confiado. João foi semelhante em muitos aspectos ao destemido profeta Elias. Cheio do Espírito Santo, foi um pregador da retidão moral (3.7-14; Mt 3.1-10). Demonstrou o ministério do Espírito Santo e pregou sobre o pecado, a justiça e o juízo. Sua pregação chamava os rebeldes à prudência dos justos (v.17). Não transigiu com a sua consciência, nem perverteu princípios bíblicos para conseguir posição social ou proteção [que exemplo de homem de Deus!]. Seu propósito era obedecer a Deus e permanecer leal a toda a verdade.

2. O término da dispensação da Lei (v.13). João veio pôr termo à era do AT, tornando-se sucessor do último dos profetas, Malaquias, cuja última predição ele cumpre (Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do SENHOR -Ml 4.5).

3. "O Elias que havia de vir" (v.14). Malaquias profetiza que Elias viria ministrar antes que chegasse o dia do Senhor. O NT revela que esta profecia refere-se a João Batista (Mt 11.7-14) que, ‘no espírito e virtude de Elias’, preparou o caminho ao Messias (Ml4.5,6). João advertiu os fariseus e os saduceus: ‘Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo’ (Mt 3.10). Multidões escutavam o apelo de João: ‘Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus’ (Mt 3.2). Os que atendiam ao chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado produzindo ‘frutos dignos de arrependimento’ (Mt 3.8). Muitos foram batizados por João no rio Jordão. Uma geração de víboras rejeitou a mensagem, ao passo que outros permitiram que o mensageiro de Deus os preparasse. João veio com a disposição e o poder de Elias (Lc 1.17). Em nenhum lugar isso é mais claro do que na descrição de Lucas 3.18 e 19: ‘Assim, pois, com muitas outras exortações anunciava o evangelho ao povo; mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele, por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito’. O preparo para o reino espiritual que estava por vir exigia uma obra de escavação. Os vales tinham de ser preenchidos, e os montes tinham de ser rebaixados. Assim como Elias fez o que pôde para tirar a idolatria, o assassínio e a desonestidade, também João opôs-se aos pecados da nação e os desmascarou. Entre esses pecados estavam ‘todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito’.

CONCLUSÃO
O papel de João Batista como um precursor do Messias o colocou numa posição de grande privilégio, descrito como 'muito mais do que profeta' (11.9), como não havendo ninguém maior do que ele. Nenhum homem jamais cumpriu este objetivo dado por Deus melhor do que João. Ainda assim, no Reino de Deus que está chegando, o menor terá uma herança espiritual maior do que João, porque ele viu e conheceu a Cristo e a sua obra concluída na Cruz. João morreria antes que Jesus morresse e ressuscitasse para inaugurar o seu Reino. Como seguidores de Jesus testemunharão a realidade do Reino, eles terão privilégios e um lugar maior do que João Batista. Todos os profetas das Escrituras tinham profetizado a respeito da vinda do Reino de Deus. João cumpriu a profecia, pois ele mesmo era o Elias que havia de vir (Ml 4.5).

APLICAÇÃO PESSOAL
João, foi um profeta que preferiu o deserto ao sistema mundano. Sequer consumia os mesmos alimentos comuns a todos os homens daqueles dias. Combateu as mazelas do seu tempo com ousadia e destemor. bradava à multidão dizendo: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Produzi frutos de arrependimento. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Lc 3.7-9). Um exemplo de humildade: quando lhe informaram que Jesus estava batizando, em vez de sentir inveja, respondeu: ‘É necessário que ele cresça e que eu diminua’ (Jo 3.30). Como necessitamos de crentes como João Batista! Crentes resignados com a perversão doutrinária de nossos dias. João não olhava para as circunstâncias, sua luta era em prol da verdade, o que lhe rendeu a seguinte declaração de Cristo: ‘Entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista’ (Mt 11.11). Qual seria a reação desse profeta ao entrar em nossos templos e assistir a agressão que o Evangelho vem sofrendo. O que diria aquele que nasceu para preceder o Messias, inclusive cumprindo prisão injusta e execução sem culpa, ao ver, por exemplo, a pressão psicológica que se faz sobre o rebanho a fim de aumentarem mais e mais as ofertas para a Igreja? Qual seria sua resposta a um pregador da prosperidade que lhe afirmasse: ‘Eu quero receber 100 vezes mais, ter vida confortável, carro importado, dinheiro; se não for assim, não adianta ser cristão’?
Que ministério eficaz! Que disposição em seguir fielmente o caminho que lhe foi proposto! Não foi em vão que João, executado por Herodes, refere-se a Jesus como o ‘cordeiro’ de Deus que é oferecido pelos pecados do mundo. Nenhum homem jamais cumpriu este objetivo dado por Deus melhor do que João. João Batista é modelo eficaz para a Igreja de hoje: a quem esperamos ver: alguém preocupado com cargos e títulos ? Alguém que procura aplausos e popularidade? Um superpregador com uma mensagem cheia de ‘unção’, que apresenta uma nova unção, algo novo? Na verdade, precisamos ver homens corajosos, cheios do Espírito Santo que exortem o povo ao arrependimento, à santidade, resignados a fazer a Obra do Mestre sem esperar recompensa nessa vida. Homens que demonstrem serem cheios do Espírito Santo e que preguem sobre o pecado, a justiça e o juízo, que chamem os rebeldes à prudência dos justos, que não transijam com as suas consciências, nem pervertam princípios bíblicos para conseguir posição social ou proteção! Que João, o Batizador, seja o nosso exemplo. Que nosso propósito seja o de obedecer a Deus e permanecer leal a toda a verdade.
N’Ele, que me leva a refletir: ‘Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.’ (Rm 10.4),

Francisco A. Barbosa

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Por que os crentes faltam às aulas da EBD? Leia e saiba.

Sim. Eu considero a EBD [Escola Bíblica Dominical] um dos melhores lugar de apredermos

a palavra de Deus,e crescer em sabedoria, graça e conhecimento. Contudo, me pergunto: Até quando? Até quando os cristãos virarão suas costas à EBD? Temos um arraial mui grande de crentes que tem por costume freqüentar os cultos, em maior volume numérico, aos domingos. Se é verdade que amamos tanto a Palavra de Deus e assim cremos que ela é, porque faltamos tanto aos cultos de ensino? Por que lemos tão pouco a Bíblia? Sem dizer os livros teológicos, a saber, os comentários bíblicos. Erramos em não conhecer a Deus e ao seu poder [Mt 22.29]. Nos culto evangelístico as pessoas recebem no coração a boa semente do Evangelho, se convertem ou são convertidas, contudo, na EBD, essas sementes nascem, crescem e criam raízes espirituais profundas.

Comumente todas as Igrejas protestantes, sejam elas históricas/tradicionais, pentecostais ou neo-pentecostais, tem EBD aos domingos pela manhã e cultos evangelísticos à noite, porém, uma maior parte da membresia não frequentam a EBD, inclusive, muitos obreiros também faltam e não dão o devido valor. É um descaso total dos membros. Por outro lado, a liderança ignora esse fato e nada faz eficientemente para reverter o quadro. Penso que este estado frio pode ser mudado.

Ainda creio que a solução virá, embora seja preciso mudar a visão administrativa, i.é, mudar a visão da liderança a respeito da importância do ensino em questão. Eis o que sugiro:

a) Investir em salas de aula compatível: nossas salas são inadequadas, não atraem, as cadeiras são antigas e sujas. Algumas ainda usam quadro de gis, reto-projetor, etc.

b) Qualificar, potencializar as aulas: aqui penso em conteúdo de qualidade, de tal forma que o aluno sinta apaixonado pelo conhecimento oferecido na EBD. Ainda há muito empirismo. O ensino bíblico/teológico da EBD precisa ser prático e relevante. É por isso que esse imenso arraial de cristãos que temos não consegue mudar comportamentos de nosso país. Resumindo: o sal está muito faco.

c) Investir numa dose equilibrada de marketing à EBD: Se quisermos ter em nossas igrejas cristãos espiritualmente enraizados e convictos, teremos primeiro que investir pesado na EBD. Note-se que é comum se dizer: "a EBD é a maior escola de ensino teológico a nível de mundo", contudo, nem mesmo 50% dos próprios membros da igreja a frequemtam. Algo está errado. Jesus atraía a multidão para si, melhor, atraía a multidão pelo ensino, no poder e autoridade de suas palavras. João Batista também. Paulo, ídem. E nós? Pensemos nisto.

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